Fábio
Py
“Cristo já
ressuscitou, Aleluia
Sobre a morte triunfou,
Aleluia
Tudo consumado está...
Aleluia
A salvação aos homens dá...
Aleluia”
Hino 41 - HCC
“Todo estado faz-se sobre a teologia do poder
(...)
Agora, no estado autoritário a teologia é o poder”
Giorgio
Aganbem
* Publicado originalmente pelo Instituto Humanitas Unisinos (aqui).
Ao perceber a perda de apoio popular por relativizar
a quarentena pela pandemia de coronavírus,
Jair Messias Bolsonaro e os intelectuais de sua cúpula prepararam uma
contraofensiva para reajustar sua base social, aumentando o tom de seu discurso
cristão. Em resposta ao contexto mundial e brasileiro de pandemia de Covid-19, acirrou
ainda mais a associação de seu governo ao cristianismo, evocando uma espécie de
“guerra dos deuses”, tal como definida por Michel Lowy. Nessa guerra pelo Deus cristão,
Bolsonaro alimenta a base do governo autoritário ao reforçar sua gestão do
ideário maniqueísta. Ao assumir-se como presidente dos cristãos, simplifica os
conflitos políticos, que passam a transubstanciar-se em embates entre bem versus mal. Em tal arranjo, a
guerra dos Deuses se traveste na luta entre aqueles que representam o mal, em
uma alegoria caricatural dos “comunistas” ou dos “petistas”, e entre aqueles
também alegoricamente expressos como
cidadãos de bem
Nessa
aposta pela retomada do apoio popular, os intelectuais do governo apostaram
seus recursos que já foram usados em julho de 2019, quando haviam relacionado a imagem de Bolsonaro com a figura
de Jesus Cristo. Na semana de Páscoa deste ano, tal recurso foi explorando sob
o pretexto da celebração da morte e ressurreição de Cristo. Acionando a
simbologia pascal, Bolsonaro evocou a si a lembrança do sofrimento, a (quase)
morte e vitória eleitoral. Dessa forma, a própria alegoria da Páscoa fora
utilizada para uma nova construção da imagem de Bolsonaro, a do servo sofredor
que venceu a morte para defesa da nação. Com isso,
entende-se a força do apelo à religião como possibilidade estratégica de comunicação
para a manutenção do caráter autoritário de seu governo. Essa operação de
utilização da religião para legitimar e ampliar o autoritarismo é o que chamo
de “cristofascismo brasileiro”. E esse cristofascismo se estabelece porque o bolsonarismo
fabrica intencionalmente uma “guerra dos Deuses” a partir de uma teologia do
poder sustentada na memória do cristo europeu colonizador: sacrificialista e
expiatório das minorias sociais.
Assim,
em plena Páscoa, o governo cristofascista de Bolsonaro desenvolveu uma ofensiva,
redesenhando uma cristologia autoritária firmada sobre a figura de mártir e do
messias, comparando-o à memória do Cristo pascoal. Uma ação orquestrada já no
início de abril, quando conclamou um jejum nacional para o Domingo de Ramos. No
domingo seguinte, dia 12, Páscoa, a ressurreição de Cristo e de sua vitória
sobre a morte foram comparadas
pelo presidente à facada que sofreu no processo eleitoral de 2018. Assim, para
deixar claro essa construção do bolsonarismo sacrificial e messiânico, separei
sete atos orquestrados, que culminaram na construção do mito “pascoal”
bolsonarista.
1.
O cristofascismo de Bolsonaro e o apelo mitológico
Contudo,
antes desses atos construídos pelos intelectuais da cúpula governamental, destaco
alguns elementos mais conceituais. A construção de sua “cristologia governamental” é pensada ora identificando-o com o messias político religioso, ora com o servo sofredor
sacrificado pela liderança do Brasil. Nesse sentido, seu cristofascismo promove-se
por meio de uma teologia política autoritária pautada hoje no clima apocalíptico
do coronavírus, baseada no “ódio à
pluralidade democrática”. Esse ódio é salpicado por técnicas governamentais
de promoção da discriminação, do ódio aos setores “heterodoxos”. Diante da expansão
do coronavírus no Brasil, foi somado sua característica antidemocrática ao
discurso economicista como justificativa para a explícita permissão da “política da morte” (“necropolitica” – Mbembe,
2014), cujos alvos são os pobres, os mais velhos, os diabéticos e os hipertensos.
Lembro que o termo “cristofascismo brasileiro”
se baseia na reflexão da teóloga alemã Dorothee Sölle
(1970), que criou a expressão diante do nazismo alemão. Ao cunhar o termo,
Sölle (1970) se preocupou em analisar as relações de integrantes do partido
nazi com as igrejas cristãs no desenvolvimento do estado de exceção alemão, quando
o governo nazista se utilizou das relações e das terminologias cristãs para sua
composição, assim como se reconhece hoje no bolsonarimo.
Voltando ao termo cristofascismo,
ele se liga ao que Walter Benjamin (1940) descreve como fascismo. Para Benjamim, a barbárie
fascista não representa um estágio de ‘regressão civilizacional’, mas está
contida nas próprias condições de reprodução da civilização liberal-burguesa.
Para o autor, a ação fascista se beneficia das concepções conservadoras sobre a
moral, a família e o progresso, transformando o todo nacional em um “estado
de exceção efetivo”. Assim, o dispositivo autoritário do bolsonarismo se
projeta, a partir da associação ao religioso, para defender uma concepção
simplificada de família para a eliminação de seus adversários, bem como os
indesejáveis, neste caso,
aqueles que não se adéquam ao projeto moral de nação estabelecido.
A artimanha construída pela
cúpula do presidente
cristofascista o desenha numa cristologia
profana, apontando-o como messias,
servo sofredor, ungido e eleito da nação. Faz isso para reagrupar as forças a
fim de manter, a duras chicoteadas, a implementação de medidas ultraliberais que
hoje entregam à morte os mais vulneráveis. Portanto, ao reeditarem características
cristológicas sobre a trajetória de Bolsonaro, visam sensibilizar setores
religiosos para apoiar as atitudes de irresponsáveis da relativização da
quarentena do Covid-19. Para compreender a construção do “mito” Pascal de
Bolsonaro, analiso algumas cenas religiosas que contribuíram para a projeção de
tal alegoria
Cristologia política de Bolsonaro: seus
sete atos pascoais
Primeiro ato
Foi
tecido um vídeo para convocar a população para o #JejumpeloBrasil, marcado para 05 de abril de 2020. Um vídeo de
convocatória governamental cristã, que é iniciado com o texto de 2 Crônicas 20,
3 dizendo “Jeosafá decidiu consultar o
Senhor e proclamou um jejum em todo Reino de Judá”. Após o fragmento,
aparece Bolsonaro dizendo “muito obrigado
a todos vocês, e aqueles que tem fé e acreditam, domingo é o dia de jejum”.
Com a produção, buscava-se que os cristãos, no Domingo de Ramos, fizessem um Dia do Jejum, literalmente
para que Deus livrasse o Brasil da praga do Covid-19. Algo, que se sustenta na tradição
católica de guardar o domingo antes da Páscoa, como sendo o dia da entrada de
Jesus em Jerusalém, nas costas do jumento. No vídeo, Bolsonaro convoca a
população cristã para o jejum e,
depois, aparece outro texto bíblico como resposta dizendo: “Não temas, nem vos assusteis por causa desta
grande multidão; pois a peleja não é vossa, mas de Deus” (v.15). Na sequência
de imagens, indica-se que é o rei (o
governante) que tem que se colocar junto a Deus, tal como Jeosafá. Isso porque
a peleja não seria dos homens e mulheres, mas de Deus. O vídeo é longo, e as
lideranças evangélicas que apoiam Bolsonaro (Malafaia, os Hernandes, Valdomiro
Santiago, Edir Macedo,...) chegam a afirmar que o presidente teria sido ungido
para assumir a nação.
Segundo ato
Na
quarta-feira, dia 08 de abril, na saída do Palácio da Alvorada, recebeu uma
expedição de católicos com a imagem de Nossa Senhora de Fatima. Os romeiros
disseram para Bolsonaro literalmente: - “Trouxemos
a imagem de Nossa Senhora de Fátima, porque ela vai livrar o Brasil do
comunismo. Porque esses erros são coordenados por nos católicos apostólicos romanos”.
Em um diálogo improvável, segue a conversa de um dos membros da carreata: -“Presidente, pedimos também que Nossa Senhora
derrame suas bênçãos sobre o senhor. Tem muita carga sobre você nesse momento. O
senhor representa essa luta, é a luta contra o comunismo no nosso país, por
isso nos oramos pelo senhor e queremos rezar uma ave-maria pedindo as bênçãos
dela, que dê força para o senhor. Que de energia para carregar o Brasil nos
ombros do senhor, conte conosco com nossas orações, a vitória é nossa!”. Na
afirmação, diz que a batalha espiritual que passa o Brasil, pelo contexto de
Covid-19, reverbera para lutas que se enfrentam
juntos aos inimigos da nação, isto é, “os comunistas”. Na última frase do
diálogo, os católicos assumem o presidente como pessoa separada por Deus: -“O Senhor foi levantado por Deus, foi ungido
por Deus, para estar nesse momento levando nosso país”.
Terceiro
ato
Nas
quarta-feira, um pouco mais tarde, fez um pronunciamento à nação sobre as
atitudes que está tomando diante da pandemia. No discurso, afirmou que, como presidente, o país vive
momento “impar na história, e ser
presidente é olhar o todo e não apenas as partes” – tratando para a questão
do desemprego e da reclusão do Covid-19. No fim do discurso, volta ao tom
cristão: “Quero entregar um país muito
melhor que recebeu do sucessor. Sigamos João 8,32: E conheceres a verdade, e a
verdade vos libertará”. O versículo se tornou jargão desde as eleições de 2018,
quando encheu de cores bíblicas o processo político. Nas últimas palavras do
vídeo, diz “Desejo a todos uma
Sexta-feira Santa de reflexão e um feliz Domingo de Pascoa! Deus abençoe o
nosso Brasil!”. No discurso, mostra aos
religiosos que conhece a temporalidade religiosa da semana de Páscoa.
Quarto ato
Na
Sexta-Feira Santa, dia 09, que simbolicamente é o dia da morte de Cristo,
postou, em seu perfil nas redes sociais, uma arte com o texto bíblico e a imagem de Jesus
crucificado (figura 1). Uma imagem forte para os cristãos, casando-se com fragmento
de 1Pedro 2,24: “Ele mesmo levou em seu
corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morremos para os pecados
e vivêssemos para a justiça, por suas feridas vocês foram curados”. Mostra
que conhece outros versículos bíblicos sobre o mistério da ressurreição. Separa
um versículo bíblico importante no qual resume a salvação a partir de Cristo. Utiliza
um versículo bíblico dado ao apostolo Paulo, base de muitas igrejas.
Figura 1
Quinto ato
No
sábado, dia 11, à noite, postou um vídeo
indicando sobre a facada que sofreu. Na sua fala do vídeo, informa que o
atentado foi “o momento mais difícil da
minha vida (pausa), eu só pedia que Deus não deixasse órfã a minha filha de
sete anos”. Toma sobre si a ideia do servo sofredor, que luta para viver e
para defender a nação. Os versos da música evangélica de pano de fundo do vídeo
dizem: “história da minha vida, eu lutei,
eu sofri, teve vezes que acertei, outras errei, a vida é uma jornada de amor e
sofrimento, e o Senhor me acompanhou a todo tempo. Ele estava lá quando o mundo
desabou em mim. Muitos diziam que era o fim, eu lutei com minha fé. Pelo vale
da sombra da morte, o Senhor me fez mais forte e essa é a história de vida. Eu
lutei, eu sofri”. A canção embala a trajetória de Bolsonaro mostrada desde o
momento da facada, a recuperação no hospital, suas orações e sua eleição.
Chegando ao fim, mostra-o como exemplo de cristão na igreja, orando e ajoelhado
(figura 2). Nessa sua trajetória, como servo
sofredor e messias político, recebe a vitória, o milagre da faixa presidencial.
No vídeo, diz que isso só é possível porque “Deus preservou a vida dele”;
logo, seria o enviado de Deus para o Brasil, firmado sobre o texto: “Eu me deitei e dormi. Acordei porque o
Senhor me sustentou” (Salmo 3,5). Portanto, nesse quinto ato, além de
apresentar-se como “bom cristão”, aquele que
vai à igreja e defende a família cristã tradicional, começa a se desenhar como liderança
enviada por Deus para salvar a
nação, no contexto de Covid-19. Alguém que Jesus está ao lado, cuidando e
fazendo milagres e maravilhas, tal como mostra a figura (3) dele sendo operado
com Jesus ao seu lado.
Figura 2
Figura 3
Sexto ato
O sexto ano foi uma outra postagem de Bolsonaro
na rede social durante o domingo de Páscoa de manhã (figura 4). Usa outro fragmento bíblico a fim de demonstrar
publicamente a fé a partir de texto clássico do Evangelho de João “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que
deu seu filho unigênito, para que todo que aquele que nele crê não perece, mas
tenha vida eterna” (João 3,16). Na sequência, afirma que “Ele ressuscitou”,
mostrando que tem intimidade com as Escrituras Sagradas. Isso é importante de
ser descrito. Essa operação é muito bem desenhada pelo bolsonarismo, quando, além de indicar que conhece um leque de textos
bíblicos, conhece também sobre a teologia da salvação cristã. Logo, acrescenta
outro elemento no desenho de servo fiel a Deus, tentando satisfazer a parcela
de cristãos que duvidam de sua adesão ao cristianismo.
Figura 4
Sétimo ato
A
segunda ação do domingo de Páscoa ocorreu no encontro promovido na Internet com as lideranças religiosas. No fim do
vídeo, Bolsonaro diz diretamente sobre a facada que sofreu no fim de 2018. Compara
o atentado à trajetória da ressureição de Cristo. Em suas palavras: “Confesso que hoje para mim foi um dia especial, já que hoje se fala de
ressurreição. Eu não morri, mas estive ali no limite da morte”. De forma
mais efetiva, destaca suas relações com Cristo dizendo que foi um milagre ter
sobrevivido e ressurgido para ganhar as eleições. Por isso, reconhece-se na
função de “salvar” o país do caminho que estava sendo traçado. No meio do
discurso, reconhece que não tinha um perfil de chegada à presidência, deixando
a entender que foi parte do milagre que Deus operou na sua vida. Saiu da “(quase) morte” (pela facada que tomou) à
missão da presidência da república. Portanto, ele é um escolhido de Deus.
Alguém que tem a missão de cuidar do Brasil contra o caos que estão tentando
implementar com o coronavírus. Por isso, ponderou: “a responsabilidade é muito grande, a cruz é muito pesada, com milhões
de pessoas do meu lado, que tem um coração verde e amarelo, que creem em Deus,
acredito que podemos vencer os obstáculos”. Exalta um patriotismo ligado à metáfora
da crucificação de Jesus - com o termo a “cruz
é muito pesada”. Algo absolutamente planejado para que o presidente seja reconhecido
como messias da nação. Assim, ao fim do vídeo, volta a dizer sobre a questão da
quarentena: “Desde o começo, há quarenta
dias temos dois problemas gravíssimos, o vírus e o desemprego. Quarenta dias
começando a ir embora o vírus, mas está batendo forte a questão do desemprego,
mas devemos bater forte nessas duas coisas. Obviamente lutamos sempre,
acreditamos em Deus acima de tudo, vamos vencer os obstáculos”.
2.
Conclusão
Como
se indica, o bolsonarismo verniza seu discurso com tons messiânicos de salvação
política do Brasil; contudo, reverbera o desprezo
à parcela da população mais velha, com problemas de saúde crônica diante da possibilidade
da morte. Faz isso construindo uma falsa dicotomia entre o caos social da
quarentena e o desemprego que pode assolar o país. Em sua estratégia, investiu
pesado na temporalidade da Páscoa, dando
mostras variadas e públicas do ser cristão: mostrou ter conhecimento da
história do cristianismo, da Bíblia e principalmente de fragmentos bíblicos-chaves
- a fim de pintar como messias cristão para voltar a mobilizar sua base conservadora
religiosa. Agora, devo fazer uma correção. Embora, no início do artigo tenha
usado a expressão de Michael Lowy, de que Bolsonaro constrói uma “guerra dos
deuses”, acredita-se que ela seja um tanto imprecisa para a atualidade do
governo.
O
que o bolsonarismo sublinha é uma “guerra bíblica”, lutada no interior do Estado
brasileiro, arrotando versículos bíblicos por
ser uma maneira fácil e “santa” de se comunicar com o fundamentalismo cristão. O
termo “guerra dos deuses” seria mais interessante se estivesse ocorrendo um
embate de religiosos de outras divindades que não as cristãs, o que não se
reconhece. Portanto, a “guerra bíblica” impulsionada por Bolsonaro é ponte de
diálogo direto com o fundamentalismo, ao mesmo tempo em que o cerca com uma
cristologia frágil, de um messianismo autoritário, desvencilhado das memórias dos
pobres - local vivencial do levante popular que ocasionou o movimento de Jesus.
O intuito de Bolsonaro é promover, com a vestimenta bíblica, uma tentativa de
relativizar a quarentena, colocando em risco partes da população “que podem ser descartadas, mortas”
(Mbembe, 2014). Quando ele se desenha sob a autoridade messiânica,
relativizando a quarentena (ou dizendo que o vírus já passou), aproxima-se
das ideias da típica eugenia social tão operada no passado pelos governos fascistas.
Por isso, deve responder pelas centenas de mortes que já são contabilizadas no
território brasileiro como vítimas do Covid-19.
Bibliografia:
AGANBEM,
Giorgio. Estado de exceção. São Paulo: Boitempo Editoria, 2004.
BENJAMIN,
Walter. “Teses sobre o conceito de história”, 1940.
LOWY,
Michael. A guerra dos deuses, Petropolis: Vozes 2000.
MBEMBE, A. Crítica da razão negra. São
Paulo: Antigona, 2014.
PY, Fábio. A cristologia cristofascista
de Jair Bolsonaro, São Paulo: Carta Maior, 2019. Acessado em: https://www.cartacapital.com.br/opiniao/a-cristologia-cristofascista-de-jair-bolsonaro/.
RANCIERÉ,
Jacques. Ódio a democracia. São Paulo: Boitempo Editorial, 2014.
SOLLE, Dorothee. Beyond Mere Obedience:
Reflections on a Christian Ethic for the Future, Minneapolis: Augsburg Publishing
House, 1970.
Fontes de
internet:
https://www.brasil247.com/midia/tv-brasil-transmite-encontro-de-bolsonaro-com-liderancas-religiosas-incluindo-malafaia-e-a-mulher-de-silvio-santos?amp=&utm_source=Whatsapp&utm_medium=whatsapp-amp&utm_campaign=whatsapp; https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/04/em-live-com-religiosos-bolsonaro-vai-na-contramao-de-especialistas-e-diz-que-virus-esta-indo-embora.shtml; https://www.youtube.com/watch?v=MV7vR1ZX19Q&t=7s;
https://instagram.com/jairmessiasbolsonaro?igshid=cguubc33ipy8; https://www.instagram.com/p/B-5YcrEBvdl/?igshid=17nnwqe0n9pe5; https://www.instagram.com/tv/B-3Gu_MBByo/?igshid=dudnde88gvv0; https://www.instagram.com/p/B-z1plzBnw6/?igshid=1xf1lscswaxet
https://instagram.com/jairmessiasbolsonaro?igshid=cguubc33ipy8; https://www.instagram.com/p/B-5YcrEBvdl/?igshid=17nnwqe0n9pe5; https://www.instagram.com/tv/B-3Gu_MBByo/?igshid=dudnde88gvv0; https://www.instagram.com/p/B-z1plzBnw6/?igshid=1xf1lscswaxet
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