* Publicado originalmente no Blog
do Pedlowski.
Marcos
Pedlowski
Em plena disseminação da perigosíssima
variante “Delta”
no Brasil, eis que como pai estou sendo praticamente forçado a
recolocar o meu filho em aulas presenciais que estão sendo impostas pela rede
particular de ensino de Campos dos Goytacazes, sob os auspícios da gestão do
prefeito Wladimir Garotinho (PSD).
Essa predisposição de jogar roleta russa com a
saúde de de milhares de crianças vem acompanhada de um “termo de
responsabilidade” que coloca sob os pais toda a carga em caso de algum filho
adoecer com COVID-19. Esse termo de responsabilidade recaindo sobre as
costas dos pais é um atestado de incapacidade das escolas cujos proprietários
sabem que não têm como garantir a perfeita higienização dos ambientes escolares
ou, tampouco, impedir que crianças sejam crianças e passem a ter a interação
física que as faz crianças.
O interessante é que a maioria das escolas
certamente está reinserindo os seus estudantes/clientes dentro das escolas sem
que os profissionais de educação estejam pelo menos com a primeira dose da
vacina. Essa seria uma obrigação mínima para a retomada da presença das
crianças nas escolas, mas nem isso a Prefeitura Municipal de Campos dos
Goytacazes cuidou de colocar como obrigação dos proprietários como
condição para a retomada das aulas presenciais. E friso novamente: em plena
disseminação da variante Delta!
A consequência disso que narrei é que as crianças
campistas não estão sendo retornadas para escolas, mas para covidários. Quero apenas ver como ficarão os proprietários e os gestores públicos que estão
permitindo que isso venha a ocorrer quando os primeiros surtos ocorrerem. Adianto que de minha parte não haverá sossego para os que estão operando essa
transformação.
E eu pergunto para que está se fazendo isso? Pela preocupação com a aprendizagem das crianças ou para a retomada das receitas geradas quando as crianças estão presencialmente nas escolas (agora transformadas em covidários)?
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