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sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Regimes políticos no Brasil: Monarquia e República; Democracia e Ditadura - modos de fazer




 A mesa redonda intitulada "Regimes políticos no Brasil: Monarquia e República; Democracia e Ditadura - modos de fazer" foi organizada pelo GT História das Direitas (ANPUH-Brasil), pelo Laboratório de Estudos das Direitas e do Autoritarismo (LEDA-UFF) e do Laboratório de Estudos da Imanência e da Transcendência (LEIT-UFF) e ocorreu em 20 de out. de 2022.

Esta Mesa fez parte da Semana Acadêmica/Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e contou com a presença dos professores Victor Gama (PUC-MG), George Gomes Coutinho (COC/UFF), Rodrigo Rosselini Rodrigues (IFF-Campos) e Fábio Siqueira (IFF-Campos), sendo a mediação/organização realizada pela Profa. Márcia Carneiro (CHT/UFF).  

A  mesa, a partir dos enfoques da Ciência Política e da História, discorreu sobre o tema Regimes Políticos no Brasil e como estes foram implantados.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

O 20 de novembro é dia de festa e de luta!

Fonte: CUT.

O 20 de novembro é dia de festa e de luta! 

Milton Lahuerta*

O dia da "Consciência Negra" é um excelente motivo para lembrar não só da luta histórica do Povo Negro, mas principalmente para lembrar do Brasil! 

Já se disse que "se existe uma história do Povo Negro sem o Brasil, não existe uma história do Brasil sem o Povo Negro" e essa é uma verdade irrefutável! 

O nosso país foi construído, desde os primórdios da colonização, pela extrema violência exercida contra os povos originários e contra as várias etnias escravizadas na África, que para cá foram trazidas ao longo de mais de três séculos. Essa marca ninguém pode apagar de nossa história e nos atormenta negativamente até hoje!

Do mesmo modo, nessas condições malsãs, também foi se estruturando uma sociedade. Por baixo, amalgamando etnias e culturas numa síntese criativa, se estabeleceu um "povo novo", como gostava de dizer o grande Darcy Ribeiro, enriquecido ainda mais pela vinda de imigrantes pobres de todas as partes do mundo. Somos, portanto, um povo profundamente mestiço, que tem dentro de si a África, a Ásia e a Europa, e afirmar isso não significa, em nenhum sentido, deixar de reconhecer a profunda violência que nos marca desde sempre nem muito menos aceitar  a ideia de uma "democracia racial". Mas apenas reiterar que essa é uma dimensão que nos engrandece e que nos honra diante do mundo. 

Que a luta pela igualdade e contra todo tipo de discriminação continue a orientar os brasileiros que acreditam nesse país e reconhecem a presença negra como fundamental na formação do nosso povo!

E que sigamos com os ensinamentos do inspirado Gilberto Gil, ao proclamar que "a felicidade do negro é uma felicidade guerreira!" 

Ao que se poderia acrescentar que toda felicidade só pode ser uma felicidade guerreira!

Viva o Povo Negro, viva o Brasil mestiço, viva os brasileiros de todas etnias que contribuiram para formar o nosso povo!

Sociólogo. Doutor em Ciência Política (USP). Professor associado ao Departamento de Ciências Sociais (Área de Ciência Política) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus Araraquara.

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Divulgação: "Brazilian tragedy: a risk for our common home?"

 


Boa noite a todxs! Amanhã, terei o prazer de estar na mesa “Templo e Mercado: a ameaça dos fundamentalismos confluentes”, às 10h, junto com Magali Cunha e Sônia Mota, no evento sobre a “Tragédia Brasileira: risco para a Casa Comum?”, articulado pelo CONIC e instituições parceiras. Quem quiser assistir, segue o link: https://www.even3.com.br/tragediabrasileira/.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

De máscara no queixo*

 

Janeiro de 2021 se encerra e nada indica que teremos um retorno à normalidade. Novas cepas do vírus já foram identificadas e uma delas, aparentemente oriunda de Manaus, parece querer nos mostrar os efeitos imediatos de ignorar o vírus e adotar um comportamento de normalidade. Não bastaram as mortes e as histórias trágicas derivadas do colapso do sistema de saúde manauara, ainda tivemos como efeito do descaso uma nova variante do coronavírus. Em função disso, diversos países fecharam suas fronteiras para viajantes brasileiros - e o governo brasileiro parece não se preocupar muito com isso.

As vacinas continuam a representar a única esperança de um lento retorno à normalidade, mas, dada a confusão promovida pelo Ministério da Saúde e por nossa diplomacia conflituosa, mesmo elas navegam em um oceano de incertezas. O que deveria ser uma vacinação em massa, anunciada pelo ministro da saúde como “a maior campanha de vacinação do mundo”, parece se arrastar na lentidão de um conta gotas. Todavia, a vacina existe e isso parece ser o suficiente para manter a esperança e negligenciar que o problema continua o mesmo – ou pior.

            Enquanto não voltamos ao normal, fingimos que tudo está normal – só que de máscara no queixo. A necessidade de preservar o funcionamento econômico associada ao desejo de negar a pandemia parece ter gerado efeitos deletérios. Em Campos, o vice-prefeito declarou que o sistema de saúde quase entrou em colapso. A informação não foi divulgada no calor do momento, mas serviu para fundamentar o fechamento do comércio da cidade por uma semana. Na sexta-feira daquela semana, um médico da Santa Casa de Misericórdia gravou um vídeo, que circulou por diferentes mídias sociais, em que ressaltava a sobrecarga de trabalho de sua equipe e a saturação do sistema e dos profissionais da saúde em Campos. Nada disso freou o ímpeto da Câmara dos Dirigentes Lojistas - que ignorou a OMS, o médico da Santa Casa, o sistema de transporte em vans da cidade, a arquitetura destituída de ventilação de inúmeras lojas e muitas outras coisas mais – para pressionar pela reabertura do comércio. Aquilo que deveria ser um intervalo de 7 dias, passou a ser um intervalo de 6 dias e explicitou a dificuldade na adoção de medidas de contenção da epidemia. É preciso frisar que, nesse ínterim, Campos passou a contar com mais 10 leitos de UTI, cedidos pela prefeitura de Duque de Caxias, e isso reduziu a porcentagem de ocupação dos leitos. Todavia, fica a pergunta: até quando isso será suficiente?

            Na escalada da crise pandêmica, notamos um discurso de negação dos fatos que chega a ser chocante. O efeito das notícias falsas propagadas por aplicativos de mensagem é sentido na contabilidade diária das vítimas de covid-19 e no desprezo pelas orientações de caráter científico. O presidente do Brasil já desprezou inúmeras vezes a capacidade destrutiva do vírus e até mesmo a eficácia da vacina. E diante disso é preciso simplificar a questão: quem é o presidente nessa fila do pão? Eu mesmo posso responder: um ex-militar mal sucedido na carreira, expulso por indisciplina e outras coisas mais; fez um curso de manutenção de máquinas de lavar roupas, mas ninguém nunca teve uma máquina consertada por ele – e mesmo assim ainda chegou a dizer que se trabalhasse com isso ganharia mais de dez mil reais mensais -; atuou por quase 30 anos como deputado, mas só aprovou dois projetos de leis. Resumidamente: nosso presidente é o tipo de pessoa que nunca bateu um prego em uma barra de sabão e que pode até ter ouvido o galo cantar, mas não sabe onde! É justamente esse sujeito, desprovido de conhecimento, de experiência e de qualquer tipo de formação técnica/científica que desqualifica o conhecimento científico e incentiva que as pessoas não adotem o distanciamento social.  E há quem ainda o chame de mito, mesmo depois de tudo que já se sabe, de tudo que ele já disse enquanto presidente, tudo que fez e tudo o que não fez.

            Vale lembrar que, em caso de contágio e internação, as pessoas não serão tratadas pelo “mito”. Ele não virá de Brasília ou da Barra da Tijuca para tratar alguém – ele não apenas não sabe fazer isso como também não se importa com tal tarefa. Caso o cidadão campista se contamine no comércio, ele não será atendido por ninguém da Câmara dos Dirigentes Lojistas, nem pelo Prefeito, muito menos pelo “mito”. Há grande chance de que ele seja atendido e tratado pelo médico cansado, de jaleco verde, que há uma semana gravava um vídeo pedindo para que a população permanecesse em casa, praticando o isolamento social. Não apenas aquele médico, mas muitos outros, assim como as diversas equipes de enfermagem. E a pior parte é que, enquanto essas pessoas exercem seu ofício no tratamento da saúde da população, elas podem se contaminar, adoecer e morrer; ou levar a doença para seus familiares ou amigos.

Todavia, pedir qualquer grau de solidariedade que demande algum nível de sacrifício, no Brasil, é coisa de esquerdista, não é mesmo? Aqui, o nacionalismo é para inglês ver, pois basta a primeira demanda para que ele se desmanche no ar. Temos mais de 220 mil pessoas mortas e continuamos a negar os efeitos da pandemia. Não procuramos soluções novas para enfrentar o problema, agimos como se ele não existisse, aceitamos as notícias que distorcem a realidade para justificar a manutenção de nossas rotinas e ambições. Seguimos. Seguimos sabe-se lá para onde, desdenhando a Ciência, ignorando o médico da Santa Casa, adiando o colapso da saúde com o empréstimo de 10 leitos e fazendo de conta que está tudo normal.

            Não se trata de ignorar as necessidades das pessoas ou de fazer alarde sobre um problema que não é tão grande assim. O que estou defendendo é que não sejamos cínicos e que não aceitemos discursos hipócritas. Nós enfrentamos a pior crise humanitária em mais de um século e, ao invés de pensarmos em alternativas, em soluções ou inovações, estamos aceitando a farsa do retorno à normalidade, ignorando que isso não resolverá o problema e que poderá, mais cedo ou mais tarde, atingir, direta ou indiretamente, cada um de nós.

 

           

 

Carlos Valpassos

Antropólogo – Universidade Federal Fluminense

 

* Publicado originalmente no Jornal Folha da Manhã, de Campos dos Goytacazes, em 30 de Janeiro de 2021.

 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Bate-Papo "O Brasil-Nação como Ideologia" com Fabrício Maciel

As Coordenações dos cursos de Ciências Sociais da UFF-Campos e o blog Autopoiese e Virtu em parceria realizaram em 09/07/2020 o bate-papo de lançamento do livro:

"O Brasil-Nação como Ideologia" Expositor:prof. Fabrício Maciel (UFF-Campos / PPGSP-UENF)
Mediação: prof. George Coutinho (UFF-Campos)



terça-feira, 30 de junho de 2020

lançamento de "O Brasil-Nação como Ideologia" de Fabrício Maciel

As Coordenações dos cursos de Ciências Sociais da UFF-Campos e o blog Autopoiese e Virtu convidam para o bate-papo de lançamento do livro:

"O Brasil-Nação como Ideologia"

Expositor:prof. Fabrício Maciel (UFF-Campos / PPGSP-UENF)
Mediação: prof. George Coutinho (UFF-Campos)

09/07/2020 - quinta-feira
15 horas




sábado, 9 de maio de 2020

Lançamento: O Brasil-Nação como ideologia - Fabrício Maciel


* O autor Fabrício Maciel lança a segunda edição de “O Brasil-Nação como ideologia: a construção retórica e sociopolítica da identidade nacional”, obra que analisa a identidade nacional brasileira. Fabrício, professor de Teoria Sociológica da UFF-Campos, mestre em Políticas Sociais, doutor em Ciências Sociais e pós-doutor em Sociologia, trata na obra sobre o mito da brasilidade e a percepção de que este foi construído através da articulação ideológica de elementos de nosso imaginário, como Deus, a política, o povo e a natureza.
Em entrevista ao Blog Autografia, o autor conta sobre sua longa trajetória acadêmica, sempre atrelada aos temas políticos: “Fiz a graduação em Ciências Sociais na UENF, em Campos dos Goytacazes, minha terra natal. Minha pesquisa de monografia, orientada pelo Prof. Jessé Souza, foi sobre a identidade nacional brasileira. Este livro que agora republicamos é uma versão bastante modificada e atualizada deste trabalho, com prefácio de Jessé e também de Edson Farias, da UnB”.


Fabrício conta também que o tema do livro, a brasilidade, nunca perde sua relevância e atualidade, sendo sempre necessário o seu debate: “É dividido em cinco capítulos cronologicamente estruturados, nos quais procuro reconstruir criticamente o pensamento de alguns dos principais intérpretes e críticos do mito brasileiro. Nesta edição, como complemento, apresento um posfácio no qual analiso, a partir da discussão do livro, como e por que recentemente nós substituímos um cenário político definido pelo slogan ‘Brasil, um país de todos’ para o slogan ‘O Brasil acima de tudo e Deus acima de todos’”.  


O autor explica que a obra procura, também, ser uma alternativa ao público que deseja compreender o Brasil através de uma outra perspectiva, além dos clichês das discussões políticas polarizadas: “Fico muito contente e otimista com a reedição do livro e com a qualidade do trabalho de vocês na Autografia. Acho que o livro tem tudo para ter uma recepção pelo público ainda melhor do que a da primeira edição, especialmente por conta do contexto político atual”.


“Este livro se apresenta como um convite para uma leitura agradável e ao mesmo tempo crítica sobre o Brasil. É um livro que procura reconstruir claramente a trajetória das ideias sobre o significado da identidade nacional de maneira didática e compreensível para qualquer pessoa que deseje ler. Além disso, o mais importante é que o livro é um convite para uma reflexão que procure ir além da conjuntura atual”, finaliza. 


* Retirado de http://blog.autografia.com.br/professor-de-teoria-sociologica-lanca-obra-sobre-identidade-nacional-brasileira/