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domingo, 11 de agosto de 2024

"Lançamento do livro “Re-trabalhando as classes no diálogo Norte-Sul"


Lançamento do livro “Re-trabalhando as classes no diálogo Norte-Sul: trabalho e desigualdades no capitalismo pós-covid”, organizado por Elísio Estanque, Agnaldo de  Sousa Barbosa e Fabrício Maciel (Editora Unesp).

Exposição de Fabrício Maciel (COC/UFF/PPGSP/UENF)

Mediação de George Coutinho (COC/UFF)

Local: Auditório da UFF-Campos, R. José do Patrocínio 71. Bloco C, Auditório.

Data: 13/08/2024, 18 horas.


 

domingo, 21 de agosto de 2022

Lançamento "Sociedade na América - Vol. 1 - Política" - Harriet Martineau (Tradução Fernanda Alcântara)

 



Vamos nós bater um papo sobre a mais recente tradução que Fernanda Alcântara (UFJF)  fez da sofisticada socióloga Harriet Martineau (1802-1876). Trata-se do livro “Sociedade na América: Volume I – Política”.

Essa troca, que muito me honra, vai rolar no canal da própria Fernanda no YouTube (https://www.youtube.com/channel/UC0CXGn7oDj1XMZVkWcnsqxg) já na próxima terça-feira, 23/08, 10 horas da manhã.

Fernanda é uma das maiores divulgadoras e tradutoras do trabalho de Harriet Martineau no Atlântico Sul. O livro, fresquinho e recém lançado por ela em sua editora (detalhes aqui: https://fernandahcalcantara.blogspot.com/2021/06/livros-publicados-e-formas-de-aquisicao.html), se apresenta como uma análise crítica e imanente da sociedade estadunidense e faz parte da Coleção Martineau dirigida pela Fernanda.

O que podemos esperar de nosso encontro na terça? Impressões sobre uma análise não apologética dos EUA tendo por recorte, neste volume, a vida política do país d`Os Federalistas.

O saudoso Carlos Nelson Coutinho falava em processo de “americanalhização” do Brasil. Vai que Martineau, com suas ironias e perspicácia, nos leve para um caminho terapêutico que nos cure dessa doença?

sexta-feira, 11 de março de 2022

Impressões sobre Faroeste Cabrunco

 

 


Impressões sobre Faroeste Cabrunco, filme do diretor Victor Van Ralse

George Gomes Coutinho

Sou amigo de Ralse há uns bons quase 30 anos... Nos conhecemos em um tempo em que nenhum dos dois tinha idade para ter barba. O contexto eram os nossos “loucos anos 1990” quando estudávamos na antiga ETFC, curso de eletrotécnica. Victor é um humanista desde sempre e por isso somos amigos até hoje (algo que não posso dizer de outras pessoas que conheci no mesmo período).

Embora eu saiba de seu investimento profissional de muitos anos na sétima arte, admito que fui surpreendido com a ousadia de Faroeste Cabrunco. Trata-se de obra cinematográfica feita em Campos dos Goytacazes, norte do estado do Rio, realizada com o importante apoio financeiro do Fundo Municipal de Cultura de Campos (FunCultura). O filme tem boa parte de sua equipe formada por campistas, tem roteiro pensado para a cidade, o diretor é campista...O que poderia advir desse experimento?

Assisti o filme na última quarta. Fui um dos intrusos na sessão das 19 horas do Cine Darcy na UENF. Se tratava da pré-estréia do média metragem e tive a honra de assistir em primeira mão junto da equipe. Eu estava devendo compartilhar essas impressões até pela honraria que me foi concedida.

Faroeste é um curioso mosaico de cultura pop e regionalismo. Há citações diversas e vale “desconstruir” para “reconstruir” a obra de Ralse. Há Legião Urbana? Há! Da épica Faroeste Caboclo, que certamente ajudou a batizar o filme, veio justamente um dos personagens, o “general de dez estrelas”.

Há realismo fantástico latino-americano? Há! Personagens como a Mana Chica ou o misterioso Peregrino estão ali para isso. Um surrealismo sutil se apresenta adornando o trabalho.

Há bang-bang spaghetti? De sobra. O filme é todo inspirado nesse gênero cinematográfico divertido, por vezes meio pastelão, onde mocinhos e bandidos lutam em meio a uma conquista do oeste norte-americano puramente imaginada (conquista esta que não foi nada divertida em termos factuais). Por vezes as deliciosas trilhas de Ennio Morricone estão ali como referências implícitas compondo a ambiência.

Temos crítica social? Sim, o filme não é chapa branca. Conta com financiamento público, algo fundamental e iniciativa absolutamente necessária que deve ser aplaudida, incentivada e aperfeiçoada. A questão é que, a despeito disso e por vivermos ainda em uma sociedade democrática, Victor optou por tomadas que doem na carne. O filme é honesto ao apresentar nossas mazelas sociais como protagonistas da trama. Além disso o diretor demonstra seu indisfarçável desprezo ante o coronelismo local, coronelismo este que se atualiza em oligarquias urbanas.

E o campistês? É a linguagem que articula tudo isso. Termos irresistivelmente regionais como “lamparão”, “cabrunco”, “tisgo” e congêneres são como agulha e linha que costuram a trama do roteiro conferindo ao trabalho uma imagem única.

Com tudo isso ainda temos a emoção no coração do campista. Emociona muito. Nunca tinha visto minha cidade na tela grande. Por vezes fecho os olhos e algumas imagens me assombram como espectros cinematográficos.  Praça São Salvador. A ponte. Mosteiro de São Bento. Os recortes da planície semiárida. Vi, me reconheci, me auto-interpretei.

Finalizando, meu irmão de vida, Sérgio Márximo Moreira Gomes Jr., trouxe o Aikido para esse guisado pop campista. Quem já esteve no dojô e acompanha as artes marciais como aprendizado (filosofia ou cultura, tanto faz), vai reconhecer ali boas cenas coreografadas e fieis ao footwork desta moderna arte japonesa.

É campista? Veja o filme. Duas vezes pelo menos! Conhece a cidade? Veja o filme, duas, três vezes. Não é de Campos e não conhece a cidade? Pouco importa. Veja um trabalho muito corajoso da imaginação artística brasileira que faz milagres a despeito do baixíssimo orçamento.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Lançamento - O Dourado e a Piabanha: impressões sobre a pesca de um eco-historiador ativista - Arthur Soffiati

 Com grande satisfação que convidamos para o lançamento do livro “O Dourado e a Piabanha: impressões sobre a pesca de um eco-historiador ativista” de Arthur Soffiati. 

Nesta live de lançamento teremos uma conversa animada com o autor mediada por José Colaço, antropólogo e prefaciador do livro. Esta atividade imperdível será transmitida ao vivo pelo canal do Neanf/INCT-InEAC/UFF no You Tube.

O Neanf é Núcleo de Estudos Antropológicos do Norte Fluminense Neanf/INCT-InEAC/UFF coordenado pelo Prof. José Colaço (COC e PPGJS/UFF).




quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Lançamento - Funk para além da festa - Disputas simbólicas e práticas culturais no Rio de Janeiro - Luciane Silva

 Eis que Luciane Silva (UENF) apronta mais uma das suas. Ela está lançando, pela Ciclo Contínuo Editorial, o seu "Funk para além da festa - Disputas simbólicas e práticas culturais no Rio de Janeiro".




Reproduzindo uma síntese sobre o livro publicado no site da editora:

"O livro nos encoraja a apreender e questionar o baile 'além do baile', que é o cerne da abordagem da qual ele se origina. É por isso que não é, a rigor, uma etnografia do baile. O baile aparece aqui como uma situação cuja ocorrência se torna possível pela conjunção de elementos que vão além da música e da dança. À maneira da análise situacional da antropologia social britânica, Luciane nos convida a seguir e dissecar cada uma dessas dimensões que se juntam, são compostas ou se opõem para fazer o baile acontecer. Como um pano de fundo contra o qual se manifestam as batalhas, às vezes silenciadas, às vezes em choque de armas, que opõem a favela ao Estado, o batidão evoca aqueles 'tambores de aflição' ouvidos na Zâmbia por Victor Tuner, e cujo ritual marcava a angústia e revolta resultantes da presença colonial."

- Jean-François Véran - Professor adjunto de Antropologia na PPGSA do Instituto de Filoso a e Ciências Sociais da UFRJ


O lançamento pode ser adquirido no site da Ciclo Contínuo Editoral.


Aproveitando o ensejo, avisamos que neste 02/12, 19 hs, a Luciane fará live de lançamento do livro junto a ilustríssim@s convidad@s. O evento pode ser acompanhado no Youtube da editora.


Como eu mesmo já disse em outra ocasião: funkem-se!


quinta-feira, 25 de novembro de 2021

FLORESTAN FERNANDES: TRAJETÓRIA, MEMÓRIAS E DILEMAS DO BRASIL

 Mesa-Redonda sobre o livro "FLORESTAN FERNANDES: TRAJETÓRIA, MEMÓRIAS E DILEMAS DO BRASIL"

Data: 13/12/2021 –  Horário: 14 hs

Inscrições: https://forms.gle/eV72UaZeoCpeyH9T8

Com @s autor@s/organizador@s:

Eliane Veras - UFPE

Diogo Valença - UFRB

Aristeu Portela Jr. - UFRPE

Lucas Trindade – UFRN

Mediação: George Coutinho – UFF/ Debatedora: Adelia Miglievich – UFES

 

Organização:

Sociedade Brasileira Contemporânea: Cultura, Democracia e Pensamento Social – UFPE

NETIR - Núcleo de Estudos em Transculturação, Identidade e Reconhecimento – UFES

IMAGINA-SUL - Grupo de Estudos e Pesquisas da Imaginação e do Pensamento Político- Social no Sul do Mundo – UFF-Campos

Download gratuito no portal Marxismo 21 do livro "FLORESTAN FERNANDES: TRAJETÓRIA, MEMÓRIAS E DILEMAS DO BRASIL": https://marxismo21.org/florestan-fernandes-trajetoria-memorias-e-dilemas-no-brasil/




sábado, 13 de novembro de 2021

Lançamento "Irracionalismo de conveniência" – Sérgio Silva + Prefácio



Eis que que Sérgio Silva, o polímata da Unirio, coloca mais uma das suas criações no mundo.

“Irracionalismo de conveniência: ensaio sobre a pós-verdade” nos chega pela editora curitibana Appris e sintetiza o conjunto de inquietações teóricas e politicas do autor. Sérgio não só revisita autores tão diferentes como Foucault ou Adorno. Bebe na fonte destes, penso que para ganhar fôlego e fúria, e os renova para decifrar os desafios destas inquietantes primeiras décadas do século XXI.

Para quem quiser ter um petisco do debate, recomendo o vídeo abaixo da conversa de Sérgio com o querido Fabrício Neves (Unb) sobre o trabalho recém-lançado:




Também abaixo socializo o prefácio que elaborei para este livro do Sérgio. Aos navegantes aviso que tive a honra de ter sido orientado por Sérgio em uma das minhas vidas na UENF. Hoje eu e ele podemos dizer que somos amigos na universidade e brothers de armas. Ou, para ser mais preciso, brothers nas artes das seis cordas.

Finalizo dizendo que igualmente muito me honrou o convite para escrever este prefácio. Sem dúvida minha contribuição não dá conta da complexidade e da sofisticação da proposta  corajosa de Sérgio. Mas, funciona como um convite para o leitor fazer o mergulho neste lançamento.

 Boa leitura!

 PS: O livro pode ser encontrado nas boas casas do ramo.. e, evidentemente, no site da editora Appris: https://www.editoraappris.com.br/


Das conveniências do irracionalismo - Prefácio de “O irracionalismo de conveniência: ensaio sobre a pós-verdade, fake News e a psicopolítica do fascismo digital” de Sérgio Pereira da Silva. Editora Appris, Curitiba, 2021

 

George Gomes Coutinho

 

A crise do setor financeiro e imobiliário em 2008 nos EUA. A conformação das novas e perversas dinâmicas do sistema internacional. A ascensão e previsível queda da Terceira Via inventada, recauchutada, testada e torpedeada por seu perfil conciliatório e pusilânime com as estruturas sociais brutais do mundo pós-fordista. A persistência da pauperização, da precarização do mundo do trabalho, das promessas não cumpridas e tampouco remotamente entregues no mundo do caráter corroído discutido por Richard Sennett[1] há tempos atrás. O suposto empresário de si, o “empreendedor” envolto em fantasias e auto-mistificações falsamente douradas, incensado a partir de nada, frustrado, oprimido, adoecendo sistematicamente e criando índices de sofrimento mental ainda não detectados em outros momentos históricos. A mônada com pés de barro.

Em meio a tudo isso há ainda a pandemia de Covid-19 enquanto escrevo que denunciou e segue denunciando em cores, áudios, movimento e índices as diferentes faces da desigualdade em todos os aspectos por todo globo terrestre.

Esta sociedade complexa, intrigante e com traços distópicos incomoda e pressiona por respostas. É com este momento, onde temos tudo e não temos nada diante de nós, que Sérgio Silva e seu trabalho se defrontam. Diria que autor e obra corajosamente se defrontam com mais uma das grandes crises modernas nadando de peito aberto em mar revolto. Mas, não obstante a humanidade já ter passado por momentos disruptivos e francamente vertiginosos, Sérgio e seu livro ressaltam menos o que há de cíclico em nossa conjuntura, o retorno da roda, e mais os elementos particularmente trágicos que singularizam o que vivemos.  Trata-se de um trabalho de diagnóstico do tempo presente.

Antes de prosseguir penso ser relevante fazer um paralelo com um autor que se apresenta como alma gêmea e, não obstante a sua ausência no trabalho de Sérgio, apresentou um opúsculo em 2009 que se coloca em comunicação tão íntima com a proposta deste livro que podemos dizer que ambos funcionam como vasos comunicantes. Falo do crítico cultural Mark Fisher (1968-2017) e seu Realismo Capitalista[2].

Sérgio Luiz Silva e Mark Fisher são teóricos críticos em estilo livre[3]. Fisher assinalava com alguma ironia, por vezes sarcasmo e muita indignação o cenário de terra arrasada do mundo pós-neoliberal, tudo isso em uma narrativa que vai da cultura erudita ao pop na velocidade da luz. O ocidente após Thatcher, Reagan, Consenso de Washington e afins não enveredou acriticamente somente em fórmulas austericidas que redundaram em índices assassinos de concentração de riqueza. Esta sociedade que vivemos hoje e que não nasceu ontem, sendo tudo engendrado nas últimas décadas na verdade, contaminou algo além da imaginação de editoralistas da mídia convencional, policy makers e agentes coletivos ou individuais do setor financeiro.  Fisher denunciava nada menos que subjetividade humana mutilada, decepada pela violência simbólica de slogans como “there´s no alternative” tal como triunfante já bradou o thatcherismo. Tanto se fez, tanto se repetiu que não há nada além de capitalismo (e desta modalidade específica de capitalismo), que o homem comum assim olhou diante de si um abismo que fornece um presente eternamente cinzento e bárbaro. Um Dia da Marmota sem final feliz.  E, como sabemos, no risco de flertar em demasia com o abismo o observador pode ser engolido confundindo-se simbioticamente com a escuridão.

Neste cenário em que o arbítrio se coloca como relação necessária e o interesse mal compreendido impõe uma ontologia postiça é que se apresentam os sintomas discutidos por Sérgio em nossa contemporaneidade. Pós-verdade, fake news, barbarização da opinião pública, autoritarismo, reedição do fascismo em versão atualizada 2.0 e necropolítica. Em meio a tudo isso um capitalismo mais do que anti-iluminista que se apresenta até mesmo com traços pós-humanos. Pulsão de morte em ritmo de videoclipe.

As consequências desta sociedade não redundaram somente em indivíduos dopados em um ciclo de consumo dia após dia de sujeitos aprisionados na maldição da obsolescência programada. O projeto é de uma sociedade de tiranos e narcisicamente orientada. Algo que a filosofia política há poucos séculos atrás chamaria simplesmente pelo nome de guerra de todos contra todos. Minha base humanista não vê a menor chance de isso render bons frutos. E não tem dado.

Desta franca deterioração situada além dos limites da opinião pública, que redundou na ressurgência dos projetos autoritários em diferentes graus e vitoriosos nos processos de concorrência eleitoral, é difícil não reconhecer que ambos os lados do espectro político contribuíram de maneira direta ou indireta. Nos governos no flanco esquerdo, para além de abraçarem sem maiores questionamentos o receituário fiscal, há aquela arrogância costumeira. Oras, aos campeões morais o sucesso é inevitável! No lado direito, compartilhando a mesma cartilha de políticas públicas fornecida pelo ultraliberalismo, a insuficiência de enfrentarem de maneira honesta seus próprios demônios. Entre progressistas e conservadores, em uníssimo, a falta de imaginação política e de compreensão das experiências do século XX e das demandas do século XXI. Neste ínterim, segue o mundo concreto desabando na cabeça de milhões de pessoas que não sonhavam e não imaginavam mais qualquer outro tipo de futuro. Eis o cenário onde grassa o chorume analisado neste trabalho.

Sérgio compreendeu o caráter multivariado das patologias do nosso tempo. Se armou com as armas de uma teoria crítica renovada que não abre mão da tradição do materialismo multidisciplinar. Desejo e necessidade são olhados com lupa em suas contradições, complementariedades e dinâmica. Teoria social, psicanálise, sociologia e epistemologia são ferramentas habilmente combinadas. Como se não bastasse ainda há Habermas, Foucault, Adorno, Elias, dentre outros, que são mobilizados criativamente em novas sínteses arriscadas e que, por vezes, podem fazer com que ortodoxos de diferentes matizes sintam certo desconforto. Mas, pouco importa. O objeto em sua complexidade se coloca em posição de prioridade analítica e as ousadias teóricas se justificam mais do que qualquer outra coisa. Importa é compreender em minúcias o inferno semiótico em que estamos.

O livro de Sérgio é critica e compreensão. Fornece um quadro interpretativo poderoso para compreendermos como a opinião pública se tornou o ringue de vale tudo que conhecemos. E há, também, em meio aos meandros argumentativos e analíticos que explicam o fascismo nosso de cada dia, espaço para uma esperança rebelde e sutilmente subversiva. A utopia de Sérgio envolve a aposta em uma terapêutica do diálogo como cura para a barbárie.  Uma atuação voltada interativamente para o entendimento, um uso da razão em uma plenitude expressiva muito além do embotamento coisificado fornecido pela sociedade dos cliques de curtir/descurtir. A utopia de Sérgio é pulsão de vida. É interesse bem compreendido embebido do que há de melhor na tradição iluminista com a qual Sérgio se agarra angustiado.

Por fim, tal como o título denuncia, temos sim um Irracionalismo de conveniência cinicamente mobilizado como resposta aos afetos, frustrações e desalentos do horizonte árido dado pelo realismo capitalista. Mas, o trabalho do Sérgio apresenta, na verdade, todas as inconveniências deste irracionalismo. O preço a ser pago pelo uso de tal playbook pode ser alto demais, insuportável eu diria. A questão é que temos tempo ainda de evitarmos um ponto de não retorno. E este livro dá, nas brechas, algumas possibilidades enquanto nos explica o funcionamento da hidra.

 

Campos dos Goytacazes, 13 de maio de 2021.

 

Referências

BERMAN, Marshall. Tudo o que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Cia das Letras, 1989.

FISHER, Mark. Capitalism realism: is there no alternative? London: Zero Books, 2009.

HOLLERAN, Max. Marshall Berman´s freestyle marxismo. In: New Republic. New York City, New Republic, n. 14, abr. 2017.

SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo: Rio de Janeiro: Record, 1999.



[1] SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 1999.

[2] A edição brasileira foi publicada pela Autonomia Literária em 2020.

[3] Devo esta expressão a Max Holleran em artigo publicado no ano de 2017 na revista New Republic. Holleran definiu o não menos inventivo Marshall Berman como praticante de um marxismo em estilo livre (freestyle marxism). Penso que o termo aqui se adeque como mão e luva.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Lançamento - "Geografia dos grandes projetos de desenvolvimento" - 04/10/2021

 



A AGB (Associação Brasileira de Geógrafos) -Rio e a AGB-Niterói tem o prazer de convidar todas/es/os para o lançamento do livro "Geografia dos grandes projetos de desenvolvimento: Reflexões a partir dos conflitos no estado do Rio de Janeiro" - organizado pelo GT Agrária das AGBs Rio e Niterói. 

Na atividade, além do lançamento do livro, será realizado um balanço sobre a trajetória de mobilização e de luta do GT Agrária. 

A atividade contará com a mediação das diretorias das duas Seções Locais, além da presença de Paulo Alentejano, Ana Costa, e Vinícius Martins da Silva – autores de artigos que compõe o livro. Esta atividade acontecerá no dia 04/10/2021, às 18:30, e será transmitida pelo YouTube da AGB-Niterói (https://www.youtube.com/c/AGBNiterói). 


segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Divulgando - Lançamento de "A redescoberta do Brasil na Amazônia: Mangabeira Unger e o projeto nacional" de Felipe Biasoli

 Prezad@s,

Com alegria divulgamos a live de lançamento do livro "A redescoberta do Brasil na Amazônia: Mangabeira Unger e o projeto nacional" do grande Felipe Biasoli. O trabalho chega às livrarias pela editora Patuá.



A live de lançamento ocorrerá na próxima sexta-feira, 17/09, às 19 hs nos canais do Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCn858S7Xb3Q_m_deq4sOCvw) e Facebook (https://www.facebook.com/Editora-Amavisse) da Amavisse, braço acadêmico da Editora Patuá.

Enquanto a live não vem, fiquemos com o aperitivo sobre o trabalho de Felipe feito pelo prof. Carlos Sávio G. Teixeira do Departamento de Ciência Política da UFF-Nterói:


"Outra Amazônia. É disto o que trata este importante livro do cientista político Felipe Biasoli. O centro de toda a sua atenção é a apresentação daquilo que o debate acerca do meio ambiente vem buscando, sem sucesso, há décadas: o desenvolvimento sustentável. A obra mostra, de um lado, que a combinação de extrativismo primitivo e marginalização da floresta através da agenda policial é incapaz sequer de proteger a Amazônia; de outro, apresenta uma alternativa, baseada no experimentalismo institucional, ao ambientalismo pós-ideológico do primeiro mundo, preocupado em usar a questão do meio ambiente para consolar-se das desilusões da história. 


Hoje o Brasil recebe a atenção do mundo por ser fonte de alimentos para a humanidade e por causa da Amazônia. É, portanto, uma seara que abre oportunidade para a reinvenção das formas de organização social e econômica capazes de reorientar o debate ideológico contemporâneo. Dois argumentos poderosos percorrem as páginas desse belo livro: o desenvolvimento sustentável terá a Amazônia como protagonista e a economia do conhecimento é sua pedra de toque incontornável."




quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Vídeo do bate-papo "Além do que se vê": fotografia, memória e teoria crítica

No último mês de novembro eu e os intrépidos Sérgio L. P. da Silva (UNIRIO) e Marcos Abraão Ribeiro (IFF) fizemos um papo muito bacana. 

Além de discutirmos o livro do Sérgio, o "Gozo estético da cultura visual", lançado pela editora Appris, conversamos também sobre fruição estética, teoria crítica e tangenciamos o contexto social em que estamos inseridos.

O resultado da conversa pode ser conferido aqui no post ou no Youtube:


 

sábado, 10 de outubro de 2020

Lançamento: "Gozo Estético na Cultura Visual: Fotografia, Memória e Alienação Social" - Sérgio Luiz Pereira da Silva

Prezad@s,


Reafirmando nosso compromisso de divulgação de obras de indubitável relevância para a grande área de Humanidades em língua portuguesa, eis que chamamos a atenção para "Gozo Estético na Cultura Visual: Fotografia, Memória e Alienação Social", o mais novo lançamento de Sérgio Luiz Pereira da Silva.





Sérgio é prof. da grande área de sociologia na UNIRIO. Mas, Sérgio é antes de tudo um inquieto. Artesão e fotógrafo, além de gostar de brincar com técnicas de edição, neste livro ele nos brinda com a fusão de duas de suas facetas: o sociólogo crítico e o fotógrafo sensível. Vamos a uma síntese do trabalho:

"O livro Gozo estético na cultura visual: fotografia, memória e alienação social faz uma reflexão transdisciplinar sobre a contribuição da fotografia para a sociabilidade contemporânea e o quanto isso influi na formação de uma memória social. É analisada a constituição da cultura visual e os seus dispositivos de controle intersubjetivo, dentro do campo da indústria cultural, trazendo este último conceito para o contexto contemporâneo.".


O livro pode ser adquirido no site da Appris, editora que está publicando o trabalho: https://www.editoraappris.com.br/produto/4084-gozo-esttico-na-cultura-visual-fotografia-memria-e-alienao-social




quarta-feira, 1 de julho de 2020

Lançamento "Pandemia Cristofascista" - Fabio Py

Caríssimxs,

Desta vez o post é para chamar a atenção do mais novo lançamento de um dos "móveis e utensílios" daqui do blog: o nosso querido Fábio Py!

Fábio nos honra com suas colaborações aqui no Autopoiese e em seu repertório tem discutido, de maneira sistemática, as constrangedoras conexões entre religião e política no Brasil contemporâneo. Neste trabalho analítico o conceito de cristofascismo tem se apresentado enquanto dotado de centralidade, uma síntese possível e esclarecedora do que parte da cristandade nativa tem representado na conjuntura.

Em meio a uma agenda de lives (o homem anda mais requisitado que os egressos do sertanejo universitário), entrevistas, artigos, etc,  eis que ele ainda nos brinda com "Pandemia Cristofascista". Trata-se de livreto lançado pela Editora Recriar e... de graça!

Basta acessar o site da editora (https://marketingeditorare.wixsite.com/ebooks).

Nos despedimos com a certeza de que lhes será uma excelente leitura!





terça-feira, 30 de junho de 2020

lançamento de "O Brasil-Nação como Ideologia" de Fabrício Maciel

As Coordenações dos cursos de Ciências Sociais da UFF-Campos e o blog Autopoiese e Virtu convidam para o bate-papo de lançamento do livro:

"O Brasil-Nação como Ideologia"

Expositor:prof. Fabrício Maciel (UFF-Campos / PPGSP-UENF)
Mediação: prof. George Coutinho (UFF-Campos)

09/07/2020 - quinta-feira
15 horas




sexta-feira, 5 de junho de 2020

MESA REDONDA "RELIGIÃO, POLÍTICA E CONJUNTURA BRASILEIRA"

As Coordenações dos Cursos de Ciênciais Sociais da UFF-Campos e o Blog Autopoiese e Virtu convidam para a mesa redonda:

"RELIGIÃO, POLÍTICA E CONJUNTURA BRASILEIRA"

Mesa composta por:
Fabio Py (PPGPS/UENF)
Valdemar Figueredo (Idealizador e Editor do Instituto Mosaico)
Mediação: George Coutinho (UFF/Campos)
Na mesma ocasião teremos o lançamento do livro "A fraquejada de um país terrivelmente evangélico" de Valdemar Figueredo
Data: 12/06/2020 Horário: 19:00


terça-feira, 5 de maio de 2020

Lançamento: Ellen Wood: O resgate da Classe e a Luta pela Democracia

Lançamento de "Ellen Wood: O Resgate da Classe e a Luta Pela Democracia" 



Eis que o camarada Jefferson F do Nascimento, que já colaborou com este blog aqui, nos brinda em plena pandemia lançando seu livro sobre a grande teórica marxista Ellen Wood!



Se sua questão é dúvida sobre o que ler nesses tempos bicudos, certamente abaixo há um release detalhado e praticamente irresistível convidando a conhecer este trabalho importante do Jefferson.

Boa leitura! Prestigie! 




Trabalhadores, Política de Classe e Democracia: os limites da conciliação de classes e as armadilhas da representatividade


O livro Ellen Wood: O resgate da Classe e a Luta pela Democracia, do sociólogo e cientista político Jefferson Ferreira do Nascimento, pretende esclarecer a proposição de uma Democracia Substantiva elaborada pela historiadora Ellen Meiksins Wood, que não pode ser confundida com a tese da “democracia como valor universal” que ganhou precedência no Brasil no ocaso da Ditadura Militar, a partir de intelectuais como Carlos Nelson Coutinho. Ellen Wood, socialista radical, marxista declarada e crítica à socialdemocracia, concebe como arma para enfrentar a dominação capitalista por meio de uma democracia de facto, que garantiria a liberdade de livre associação, a isegoria e a autodeterminação dos produtores sobre a produção. O que Wood propõe é o poder para o demos, o poder efetivo para o povo, o que depende de uma organização consciente de classe.
Diferente, portanto, de uma defesa incondicional de um governo representativo como ideal de regime político e de sociabilidade, Ellen Wood propõe uma análise que identifica historicamente como o Liberalismo operou de modo a identificar democracia e governo representativo ao mesmo tempo em que o capitalismo promove a separação entre o econômico e o político. Isto é, do mesmo modo em que o capitalismo separa os produtores dos meios de produção, os poderes políticos intocados na propriedade privada dos meios de produção não estão submetidos à deliberação da democracia liberal-representativa.


Como marxista e proponente do Marxismo Político, junto a Robert Brenner, a autora defende que a saída para o falseamento provocado pela identificação liberal entre democracia e governo representativo é o conteúdo de classe na luta política. A luta de classes, dissimulada ou aberta, é uma constante em toda e qualquer forma de sociedade em que os produtores estão apartados dos meios de produção. Logo, qualquer proposição política que ignore que as relações de produções dispõem os indivíduos em situação de classe, favorece a continuidade e o aprofundamento da exploração do homem pelo homem.


O desafio para tal é que formações conscientes de classes não acontecem, para Ellen Wood, como resultado de uma diretriz partidária ou de intelectuais. A classe social, para Ellen Wood, é explicada de modo mais coerente pelo historiador marxista Edward Palmer Thompson. O que significa que a formação consciente de classe é um processo que depende da experiência para a identificação consciente dos indivíduos como membros de uma classe e não um mero reflexo da situação de classe, que é determinada pelas relações de produção. Eis, o desafio!


O livro, portanto, não apresenta uma inovação teórica e nem uma proposição original sobre a política nos dias atuais. Ao contrário, convida o leitor para conhecer uma das principais vozes a enfrentar o que Eric Hobsbawm chamou de “recessão do marxismo”. Ellen Wood se destacou ao resistir a essa recessão, criticando o pós-marxismo e enfrentando academicamente as tendências pós-modernas. Com a “recessão marxista”, as teorias fragmentárias de análise da realidade social ganharam precedência. Ellen Wood foi voz dissonante a esse processo e reagiu. Elaborou críticas a certas apropriações dos textos marxianos e argumenta porque a teoria de Karl Marx tem muito a nos dizer sobre a luta política atual. Não sem reconhecer os desafios a serem enfrentados para tal empreendimento. Assim, o livro discute o conceito de classe no marxismo e a proposta de E.P. Thompson, defendida por Ellen Wood. Apresenta dados biográficos e contextuais da autora, bem como apresenta limites e avanços teóricos na obra de Ellen Meiksins Wood.


Ellen Meiksins nasceu em Nova York, no ano de 1942. Filha de Gregory e Bella, imigrantes letões e militantes do Bund – partido socialista judeu na Letônia –, que saíram da Letônia em um período conturbado: o país passou pela ditadura liderada por Karlis Ulmanis, pela invasão soviética e pela invasão nazista. Processos políticos conturbados, sobretudo para a população judaica que assistiu a ascensão do fascismo neste período.

A família Meiksins mudou de Nova York para a Califórnia, onde Ellen realizou sua formação acadêmica em unidades da Universidade da Califórnia (UCLA). Ellen Meiksins concluiu o Bacharelado em Línguas Eslavas, no ano de 1962, em Berkeley. Em 1970, concluiu o PhD em Ciência Política, em Los Angeles.


A partir de 1967, Ellen e seu cônjuge e coautor em algumas publicações, Neal Wood, também cientista político, foram lecionar na Universidade de York, em Toronto, no Canadá.


Ellen Meiksins Wood, além de docente na Universidade de York, foi editora da revista marxista britânica, New Left Review, e da revista marxista estadunidense, Monthly Review, bem como participou do conselho editorial da Socialist Register e da Against the Current. A historiadora e cientista política, autora de vários livros e artigos, ganhou maior notoriedade a partir do lançamento do livro The Retreat from Class (cuja tradução para o espanhol foi intitulada ¿Una Política sin Clases?), em 1986, que lhe rendeu o Prêmio Memorial Isaac Deutscher, em 1988. Anos depois, foi convidada para a Sociedade Real do Canadá, o que reafirma a sua relevância acadêmica.


Ellen Wood ficou mais conhecida no Brasil a partir do lançamento de seu livro A Democracia Contra o Capitalismo. Neste livro, Wood apresenta de modo sistematizado sua agenda de pesquisa até ali, esclarecendo o conceito de democracia substantiva e o necessário conteúdo de classe para a política.Vítima de um câncer, Ellen Meiksins Wood morreu em 2016. Seu adoecimento interrompeu uma obra ainda em produção. Muitos dos limites apresentados no livro apresentado neste release podem ser decorrentes dessa interrupção, pois sabemos que, ao menos, um projeto não foi concluído. A autora desejava elaborar uma trilogia sobre a história do pensamento político. No entanto, apenas dois livros desse projeto foram publicados: Citizens to Lord e Liberty and Property.

Ellen Wood: O resgate da Classe e a Luta pela Democracia foi escrito por Jefferson Ferreira do Nascimento, professor do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), doutorando em Ciência Política na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e membro do Núcleo de Estudos dos Partidos Políticos Latino-Americanos (NEPPLA). Como parte do processo constitutivo do livro, foi apresentado no 41.° Encontro Anual da ANPOCS (2017) o paper A redefinição do conceito e do papel político da Classe Social e a questão da Democracia em Ellen M. Wood”, onde as primeiras reflexões sobre o tema foram divulgadas. Além desse paper, o artigo “’É preciso dar um passo atrás, para avançar dois’: Ellen Wood e o retorno à teoria política contra a armadilha das análises fragmentárias” compôs o dossiê “Estado e Política no Capitalismo Moderno”, da Revista Debates (UFRGS). E, por fim, o artigo “O contexto social da obra de Ellen Meiksins Wood e a busca por sistematizar uma teoria de classes” compôs o dossiê “Contextualismo Social”, da Revista Tempo da Ciência (UNIOESTE).


Sobre o autor:


Jefferson Ferreira do Nascimento é professor no Instituto Federal de São Paulo – Campus Sertãozinho. Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política (PPGPol) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). É pesquisador no Núcleo de Estudos de Partidos Políticos Latino-Americanos (NEPPLA), coordenado pela Dra. Maria do Socorro Sousa Braga. Possui Mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Especialização em História, Cultura e Sociedade pelo Centro Universitário Barão de Mauá e Graduação em Ciências Sociais (com as seguintes habilitações: Licenciado em Ciências Sociais, Bacharel em Sociologia e Ciência Política) pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente, se dedica a estudos sobre teoria política, sistema partidário e política comparada.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Hoje na Casa de Cultura Vila Maria - Lançamento de "Produção Textual na Universidade" organizado por Jacqueline Deolindo

O livro Produção Textual na Universidade: Práticas Laboratoriais organizado pela professora Jacqueline da Silva Deolindo  foi publicado pela EdUENF  e consiste em textos de três professores destacados – que atuam no Instituto Federal Fluminense (IFF- Campos) e na UFF – Campos -, e de alunos que cursaram a disciplina Oficina de Texto. Os professores convidados compõem com Jacqueline um enredo que vai do significado mais geral do que seja a produção textual à luz da linguística, passando por sua prática específica no ensino superior (graduação e pós-graduação), chegando à culminação desse processo de produção mediante a exposição de como se consolida e realiza a comunicação em revistas científicas.
“O domínio da linguagem escrita, dos gêneros textuais e dos recursos para uma eficiente expressão de ideias, argumentos, sentimentos e experiências diversas através do texto é um desafio para o praticante da língua em qualquer fase da vida e da trajetória escolar. No entanto, é no curso superior e na pós-graduação que as exigências para uma redação de excelência se intensificam, devido às avaliações dissertativas, trabalhos acadêmicos das diversas disciplinas e às produções de culminância dos cursos, no caso artigo científicos, monografias, e, mais tarde, na pós-graduação, dissertações e teses. A produção da redação científica, nos termos de João Bosco Medeiros (2006), visando ou não à publicação, representa um desafio para aqueles que desejam cumprir o curso com excelência e também para aqueles que pretendem fazer carreira no magistério superior e na pesquisa científica.”
Download do e-book aqui

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Lançamento: "Antônio Cândido: Intérprete do Brasil" - 28/08/2019

Prezadxs,

Na próxima quarta-feira, dia 28 de agosto, teremos o lançamento do novo livro do cientista político Márcio Malta, mais conhecido nas quebradas de quadrinhos e cartoons simplesmente como "Nico".

O opúsculo se chama "Antônio Cândido: Intérprete do Brasil". Trata-se, em última instância, de uma introdução ao pensamento do insubstituível Antônio Cândido de Mello e Souza. Contudo, não é uma introdução na direção em que estamos mais acostumados no caso do autor em destaque, onde Cândido usualmente é sintetizado como um dos maiores críticos literários de todos os tempos em terra brasilis (o que não é pouca coisa evidentemente). 

O Cândido de Malta é interpretado por um singular duplo viés: Cândido pensador do Brasil e intérprete maiúsculo da política nativa. Para além disso, os dotes artísticos do cartunista Nico, o alter ego do cientista político, brindam o leitor com uma bela efígie de Cândido e com sutilezas gráficas por todo livro. Trata-se de um produto de artesanato intelectual avant la lettre.

O livro terá seu primeiro lançamento aqui na cidade no auditório da UFF-Campos na próxima quarta-feira, 18 horas.

A mesa de lançamento contará com o próprio autor, Claudio Araújo e este que vos escreve. Todos somos professores de Política do Departamento de Ciências Sociais da UFF-Campos.

Esperamos vocês lá para mais essa balbúrdia. Abaixo segue o convite




terça-feira, 26 de março de 2019

Convite lançamento "Pesca Artesanal no Norte Fluminense” - abril, UFF Campos


Prezad@s,


Eis que o inoxidável Sr. José Colaço Dias Neto apronta mais uma. O camarada organizou e lança neste mês de abril coletânea “Pesca Artesanal no Norte Fluminense”.


Nesses tempos bicudos o trabalho organizado por Colaço é um belo presente disponível no mercado editorial e certamente imprescindível para pesquisadores e leitores do Norte Fluminense e alhures.

Vamos ao convite oficial:

“Prezad@s colegas,

É com grande satisfação que convidamos para o lançamento da coletânea “Pesca Artesanal no Norte Fluminense: estudos de caso sobre meio ambiente, conflito e resistência de um modo de vida” organizada por José Colaço, que conta com trabalhos realizados por pesquisadores do Neanf/UFF nos últimos anos e um texto inédito do Prof. Aristides A. Soffiati.

O livro integra a Coleção Conflitos, Direitos e Sociedade do INCT-InEAC/UFF e consolida os primeiros estudos de carácter empírico e etnográfico sobre a pesca artesanal na região após a refundação do Neanf na UFF. A apresentação da obra foi escrita pelo Prof. Fábio Reis Mota.

O lançamento acontecerá no dia 03 de abril, quarta-feira, às 18h, no Auditório do Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional da UFF em Campos-RJ. Na ocasião será realizada uma Mesa Redonda com a presença dos autores dos capítulos.

Serão emitidos certificados de participação para os presentes no evento e haverá venda de livros no local.

Pedimos, por gentileza, que compartilhem o convite em suas redes.”



terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Ctrl+C/Ctrl+V n.1 - leitura de brasilianistas britânicos sobre o Brasil contemporâneo

Iniciando seção nova no blog!

Well, para elaborar textos, análises, intervenções e desenhar (um de nós daqui do blog tem esse dom), é fundamental a prática da leitura e do consumo quase compulsivo de informações. Livros, artigos, revistas, até discos, filmes, poesia e, claro, outros blogs, vídeos e demais insumos da web.

Pensando nisso começamos aqui a seção auto-irônica "Ctrl+C/Ctrl+V" onde se pratica o cut and paste honesto, sem perder a ginga e tampouco a dignidade.

Justamente por isso não se trata de meramente pegar o conteúdo completo dx(s) outrx(s) colegas e espremer em nosso blog. Deixamos aqui a referência, o link, e antes disso apresentamos  breves comentários sumaríssimos para  instigar eventuais interessadxs. São "resenhas snack" digamos assim.

Assim sendo, vamos ao que interessa!

Daniel Buarque em seu "Blog do Brasilianismo" (https://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br) nos brinda com a excelente entrevista de Jeff Garmany. Garmany é brasilianista e autor do recém lançado "Understanding Contemporary Brazil", obra escrita em parceria com Anthony Pereira. 

"Understanding.." me parece ter uma proposta fundamental para o público estrangeiro contemporâneo que se interessa pelo Brasil. Lendo a entrevista de Garmany concedida a Buarque, finalmente compreendi que toda a deferência de Klaus Schwab e companhia em Davos esse ano ao governo brasileiro recém eleito talvez tenha sido... ingenuidade! O constrangimento posterior me pareceu sincero. Talvez Schwab tenha dito aos seus correligionários: "It´s a trap Bino!". Porém as presas tem o péssimo hábito de se perceberem em armadilhas quando já estão nelas...

Bolsonaro jamais teve qualquer desenvoltura em público. Sempre compensou sua ausência de capacidade intelectual ou de carisma se saindo com polêmicas grosseiras em programas de gosto duvidoso na TV brasileira ou fazendo apologia de torturadores, além de destilar suas preferências insalubres em diversas ocasiões. Enfim... Algo que o público brasileiro que não foi abduzido nos últimos trinta anos sempre soube, porém, aparentemente esqueceram de avisar o pessoal do Schwab.

Por outro lado, e esse é um ponto que interessa ao leitor nativo, conhecer a interpretação estrangeira sobre a própria terra é sempre um exercício relevante que estimula a auto-reflexão. Garmany demonstra ser um interlocutor qualificado, com experiência em pesquisa no Brasil e pelo que demonstrou na entrevista certamente tem algo a dizer sobre nós que destoa da perspectiva naive de Schwab e de parte dos observadores da imprensa internacional. Curiosamente Garmany me parece tão qualificado que também destoa até mesmo de especialistas e observadores nativos.. enfim..

Eis o link da entrevista: https://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/05/fetiche-por-bolsonaro-e-fruto-de-ignorancia-sobre-o-brasil-diz-pesquisador/ 

Igualmente clicando na capa do livro recém lançado por Garmany e Pereira é possível conferir a entrevista no "Blog do Brasilianismo".






Boa leitura!