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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Memorial Cambayba - Ditadura Nunca Mais


Memorial Cambayba

Ditadura Nunca Mais

Memória, Verdade e Justiça 


Juntos pela vida, vamos transformar os fornos da usina da morte em símbolos contra os crimes da ditadura civil militar.

Dia 06 de dezembro, às 14:30 horas 

No Parque Industrial da extinta Usina Cambayba

Em Campos dos Goytacazes - RJ

A data marcará o início da caminhada dos 60 anos do golpe de  1964.

Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça! 


Nos fornos desta usina foram incinerados os corpos de diversos presos políticos, mortos nas prisões da ditadura.

Até o momento foram identificados 12 corpos, por confissão de crime:

Ana Rosa Kucinski Silva (ALN)

Armando Teixeira Frutuoso ( PCdoB)

David Capistrano (PCB)

Eduardo Collier Filho (APML)

 Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira (APML)

João Batista Rita Pereira (VPR)

João Massena Melo  (PCB)

Joaquim Pires Cerveira (FLN)

José Roman (PCB)

Luiz Inácio Maranhão Filho (PCB)

Thomáz Antônio da Silva Meirelles Neto (ALN)

Wilson Silva (ALN)


Convocam para este ato:


Associação Brasileira de Imprensa ((ABI)

Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD)

Associação de Pós Graduandos da UFF Mariele Franco

Associação Nacional de Pós Graduandos ( ANPG)

Centro Cultural Triplex Vermelho 

Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis 

Coalizão Brasil Memória Verdade, Justiça, Reparação e Democracia

Coletivo Fernando Santa Cruz

Coletivo Mulheres pela Democracia

Coletivo RJ Memoria Verdade Justica  e Reparação

Comissão dos Direitos Humanos e Cidadania da ALERJ 

Central de Trabalhadores do Brasil ((CTB)

Central Única dos Trabalhadores (CUT)

DCE Fernando Santa Cruz

Fórum Memória, Verdade do Espírito Santo 

Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro 

Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT) 

Movimento dos Trabalhadores SEM TERRA (MST) 

Movimento Humano por Direitos (MHuD)

Núcleo de atenção Psicossocial a afetados pela violência de Estado (Napave)

Partido Comunista Brasileiro (PCB)

 Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Plenaria Anistia Rio

Partido Socialista Brasileiro (PSB) 

Psicanalistas Unidos pela Democracia - PUD

Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)

Partido dos Trabalhadores (PT) 

Rede Brasil Memória Justiça 

Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE)

Sindipetro-NF  

 Universidade Estadual do Rio de Janeiro     (UERJ)

União Brasileira de Estudantes ((UBES)

União Brasileira de Mulheres (UBM)

União Nacional de Estudantes (UNE)

Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) 

Universidade Federal Fluminense (UFF)

União Juventude Comunista (UJC) 

União Juventude Socialista (UJS)

UNEGRO

Ordem de Advogados do Brasil RJ (OABRJ)

terça-feira, 7 de maio de 2019

cineclube Marighella - 10/05/2019 - próxima sexta-feira, imperdível!



Durante a ditadura militar, Claudio Guerra recebeu ordens para executar pessoas supostamente envolvidas com a militância contra o regime, além de incinerar pessoalmente nos fornos da Usina Cambahyba, em Campos dos Goytacazes, os corpos de 12 pessoas torturadas no DOI-CODI.

Os crimes foram confessados pelo ex-delegado e hoje pastor da Assembleia de Deus ao psicólogo e ativista dos Direitos Humanos Eduardo Passos em entrevista transformada em documentário pela cineasta Beth Formaggini.

Foi somente assistindo a ‘Doutor Cláudio’ (2017) que algumas pessoas finalmente descobriram o paradeiro de familiares desaparecidos há mais de quatro décadas. Outras, no entanto, seguem angustiadas sem saber onde estão os restos de pessoas amadas. Daí a importância da exibição do documentário dia 10 no auditório da UFF Campos.

Além de dar voz a brasileiros que seguem sofrendo sem respostas devido à recusa do Estado de prestar contas pelos crimes cometidos e do evidente valor histórico do depoimento, a projeção será seguida de debate aberto sobre a posição estratégica de Campos no mapa da morte e o envolvimento da elite agrária local no brutal desaparecimento de corpos torturados pelo regime militar.

Luana Carvalho fala em nome do MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e 
Tarianne Bertoza representa a Comissão Pastoral da Terra nessa discussão que ainda contará com a participação Vitor Menezes, professor da Uniflu e jornalista que entrevistou Pastor Cláudio no que havia sobrado dos fornos da Usina Cambahyba.

Essa edição especial do 
Cineclube Marighella é realizada pela UFF Camposem parceria com a CPT e o MST como parte 6ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária. O evento é aberto e a entrada é gratuita. Contamos com a presença de todos e todas em mais esse ato de defesa do ensino superior público.

_Data
Sexta, 10 de maio de 2019

_Local
Auditório da UFF Campos
Rua José do Patrocínio, nº 71 – Campos dos Goytacazes

PROGRAMAÇÃO

18h – Exibição do filme ‘Pastor Cláudio’ (2017) *

19h30 – Debate ‘Reforma Agrária e terrorismo de Estado e empresarial durante a ditadura’, com participação de:

• Luana Carvalho – MST
• 
Tarianne Bertoza - CPT
• 
Vitor Menezes - Uniflu

* Classificação indicativa: 12 anos




quinta-feira, 28 de março de 2019

Agende-se: Ato silencioso "Ditadura Nunca Mais"


O Movimento Unificado de Mulheres de Campos-RJ convoca toda a população e sociedade civil organizada de Campos dos Goytacazes e adjacências a estarem presentes no Jardim São Benedito, dia 31 de março, às 15hrs, para o:

Ato Silencioso - Ditadura Nunca Mais em memória das vítimas da ditadura militar brasileira e em repúdio às iniciativas de comemoração a este triste e indigesto episódio da nossa história.

Traga seus cartazes, faixas, camisetas e tintas, ou venha de preto.

Confirme presença e divulgue: 

domingo, 14 de outubro de 2018

O Dia que Durou 21 Anos + Debate ‘Ditadura Nunca Mais!’




Como o discurso contra a corrupção e as críticas justas ao PT se transformaram num ódio cego que parece ser capaz de levar ao poder, através do voto, um indivíduo que fez carreira desprezando a democracia e que continua defendendo abertamente ditadura e tortura, além de questionar a própria legitimidade do processo eleitoral? 

Após 30 anos de fortalecimento contínuo, as instituições democráticas erguidas pela Constituição de 1988 se veem diante de sua mais grave ameaça. E a consternação é generalizada.

Democratas tanto de esquerda quanto de direita – liberais, conservadores ou socialistas –, todos se unem à comunidade internacional num mesmo sentimento: “como chegamos a esse ponto?” 

Todas as partes cometeram erros e têm sua parcela de culpa, mas continuamos distantes de respostas. Trata-se de fenômeno novo, alimentado por uma guerra sem precedentes de desinformação em bolhas na internet que ainda não compreendemos, mas cujas consequências já sentimos na carne. 

Ainda que Bolsonaro descumpra tudo que prometeu ao longo da vida e tente respeitar a democracia, pode ser tarde demais. Seu discurso de ódio já está fazendo mulheres, LGBTs e opositores em geral serem caçados nas esquinas do país. 

Sem falar do seu vice General, que coerente com a cultura militar de hierarquia, já deu diversos sinais de que pretende tomar o poder do presidente de patente inferior. Se eleito, Bolsonaro deve ser engolido pelas cobras ao seu redor, e o que acontecerá depois?

Daí a importância dos democratas brasileiros se unirem nesse momento histórico dramático em torno da candidatura de Fernando Haddad, liderança que tem uma vida pública de compromisso com a democracia. A eleição continua em aberto, e os que querem preservar nossos direitos e liberdades são maioria no Brasil.

No próximo sábado, estaremos juntos, em Campos dos Goytacazes, assistindo a 'O Dia que Durou 21 Anos’, documentário que traz provas reveladoras sobre os bastidores do golpe militar de 1964. É o momento de refletir sobre o nosso passado para salvar nosso futuro. 

A democracia brasileira resistirá a essa grave ameaça. 



PROGRAMAÇÃO

18h – Início do evento 

19h – Exibição de ‘O Dia que Durou 21 anos’ (2013), documentário de Camilo Tavares sobre os bastidores do golpe militar de 1964

20h30 – Debate aberto ‘DITADURA NUNCA MAIS!”

Fonte: Facebook.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Oportunismo de caserna

Oportunismo de caserna*

George Gomes Coutinho **

Mais uma de nossas assombrações históricas resolveu dar as caras. Reencarnada na fala de um general do exército em palestra que ocorreu em uma loja maçônica, local dos mais apropriados para aparições fantasmáticas, a intervenção militar nos avisou que não morreu.

Não se trata de novidade. Aqui estamos falando de reaparições históricas. Militares, moralistas atemporais e o lado insurrecional das esquerdas propõem, de tempos em tempos, a interrupção da ordem institucional como solução de curto prazo a nos redimir. Podemos sintetizar o drama no jargão “estamos contra tudo o que está aí”. Então, em um passe de mágica onde as metáforas de higienização são utilizadas aos borbotões, reiniciamos a História e a sociedade mediante a “limpeza” acurada e sem tréguas de nossas instituições. Parte do judiciário de hoje aparentemente confessa a mesma fé.

 Voltemos ao general e seu discurso.  Ele colocou os seguintes termos: caso o judiciário não conclua sua assepsia de forma eficiente (eficiente para quem ou para o que?) a solução militar não deve ser descartada enquanto opção de ação. Decerto contou com aplausos de diversos setores da sociedade. Mais ainda, algo que considero patológico, o general obteve a devida condescendência do alto comando do exército. Trata-se de chantagem grave e me causa espécie a forma branda com que esta fala foi recepcionada pelo governo Temer até agora.

Este episódio diz muito sobre nós e nossos exorcismos incompletos. É conseqüência de um processo de anistia mal ajambrado que tornou a ditadura civil-militar uma gestalt aberta. Somos dos poucos países latino-americanos que não levaram adiante a punição dos crimes praticados pelos agentes de Estado no período. Sem punição, investigação e congêneres consideramos tacitamente que estes atos não seriam sequer crimes. Aqui está o problema. Na miopia conservadora há instituições ou grupos da sociedade “santificados”, vide as próprias Forças Armadas cujos agentes teriam sido recrutados em outra galáxia e por isso seriam incapazes de praticar essas coisas vulgares de corrupção. Este pensamento distorcido e idiota só alimenta o oportunismo de caserna que ressurge sempre que julga conveniente.    

* Texto publicado em 23 de setembro de 2017 no jornal Folha da Manhã de Campos dos Goytacazes, RJ.


** Professor de Ciência Política no Departamento de Ciências Sociais da UFF/Campos dos Goytacazes