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terça-feira, 12 de outubro de 2021
sexta-feira, 8 de outubro de 2021
Divulgação - "Abraço"
O Cine Darcy convida a assistir ao filme "Abraço", dirigido por DF Fiuza, que retrata os desafios dos educadores brasileiros e, sobretudo, a coragem das trabalhadoras da educação do Estado do Sergipe na organização de sua categoria profissional numa época de destruição institucional e negação de direitos.
Exibição: 11/10/2021.
domingo, 7 de abril de 2019
A UENF continua sendo asfixiada financeiramente no governo Witzel. Até quando resistirá?
Publicado originalmente no Blog do
Pedlowski (aqui).
A UENF continua sendo asfixiada
financeiramente no governo Witzel. Até quando resistirá?
Por Marcos Antonio Pedlowski *
A visita da Comissão de Ciência e Tecnologia da
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) ao campus da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) na
última sexta-feira (05/04) serviu para que seu presidente, o deputado estadual
Waldeck Carneiro (PT), testemunhasse os efeitos devastadores da contínua falta
de verbas de custeio que a instituição continua sofrendo quase 4 meses após o
início do governo Witzel.
É que, apesar da aprovação da chamada PEC 47 em
dezembro de 2017, a UENF continua ainda sem receber suas verbas de custeio, o
que implica na incapacidade de honrar compromissos com seus fornecedores, a
começar pelos serviços essenciais de água, eletricidade, limpeza e
segurança. A inexistência de verbas de custeio está inviabilizando o funcionamento
de equipamentos de variados usos para as atividades essenciais dentro da UENF e
ameaça ainda a paralisação completa das atividades que ocorrem diariamente
dentro da instituição, incluindo importantes pesquisas que poderiam e deveriam
ser prioridade para o novo governador, mas aparente e estranhamente não o são.
A falta de verbas de custeio causa ainda a
repetição de um esquema pernicioso onde os professores e servidores acabam
tendo que usar seus próprios salários para impedir que a UENF chegue a um
estado de completa insolvência. À guisa de exemplo pessoal, apenas na
semana passada, usei recursos pessoais advindos da minha única fonte de
renda, que é o meu salário, para consertar dois equipamentos de estabilização
de corrente elétrica que haviam queimado. A isso se soma a colocação de uma
nova porta da sala em que meu grupo de pesquisas procura continuar exercendo
suas atividades. Mas também já compro há vários anos a água consumida e os
produtos de limpeza que são usados na sala que ocupo. Em todos esses casos, a
decisão era a de deixar ficar quebrado e sujo ou gastar dinheiro próprio para
manter as coisas funcionando dentro de um ambiente de trabalho decente.
Acabei optando por usar meu salário para fazer o “show continuar”. Entretanto,
fico pensando até quando poderei continuar cometendo este tipo de “luxo”, na
medida em que meus salários estão sem correção desde 2014, apesar do Regime de
Recuperação Fiscal assinado pelo (des) governador Pezão indicar a possibilidade
da reposição das perdas inflacionárias anuais.
Para agravar a situação, a base partidária do
governo Witzel está tentando levar à frente uma indecorosa Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) que, sob a desculpa esfarrapada de apurar desvios
ideológicos nas universidades estaduais, busca instaurar um clima de terror
persecutório em ambientes onde deveria predominar a autonomia
universitária. Aliás, falando em autonomia, o próprio governador Witzel
está dando sua contribuição para interferir na vida das universidades ao enviar,
na calada da noite, um projeto de lei que visa interferir na escolha dos
reitores das universidades, indo de encontro ao que está estabelecido na
Constituição Estadual. Em outras palavras, além da asfixia financeira, as
universidades estaduais do Rio de Janeiro estão convivendo com um clima de
perseguição política e tentativas de subordinação política por parte do governo
do estado.
A situação da UENF é um capítulo à parte para mim,
pois vejo todos os dias os esforços que são realizados para gerar conhecimento
científico de excelência em seus vários centros de pesquisa. Ao longo de pouco
mais de um quarto de século, a UENF já desenvolveu muita coisa interessante, a
começar por sementes adaptadas ao clima regional. Além disso, há, entre seus
professores e estudantes, pessoal altamente qualificado e que tem contribuído
para que a universidade seja reconhecida dentro e fora do Brasil como uma
experiência de sucesso na formação de recursos humanos qualificados.
Diz-se que o governador Wilson Witzel já expressou
pretensões de ser candidato nas eleições presidenciais de 2022 e que, para isso,
irá tentar se diferenciar do presidente Jair Bolsonaro. Pois bem, uma boa área
para ele se diferenciar é exatamente a da ciência e tecnologia, onde o governo
federal vem cortando verbas a passos largos e ameaçando destruir o antes
emergente sistema nacional de ciência e tecnologia. Para tanto, o
governador Witzel deveria priorizar as universidades estaduais que, apesar de
todo o ataque sofrido durante os anos de Sérgio Cabral e Luís Fernando Pezão,
continuam sendo classificadas entre as melhores do Brasil e da América
Latina. E, tomando a UENF como exemplo, nem precisa gastar fortunas para
que o resultado apareça, apenas que libere o mirrado orçamento aprovado pela ALERJ
para o ano de 2019. Aliás, há que se frisar que a UENF não está pedindo muito,
apenas que se cumpra pelo menos o orçamento a que tem direito.
A decisão com que o governador Wilson Witzel está
defrontado é muito simples: vai investir nas universidades e em nosso sistema
estadual de ciência e tecnologia ou vai continuar o ataque impiedoso que foi
começado por Sérgio Cabral e Pezão? Da resposta que for dada pelo
governador, dependem não apenas as universidades e institutos de pesquisa, mas
a possibilidade de um futuro menos sofrível para o povo do Rio de Janeiro. É
que a coisa é muito simples: para sair do atoleiro em que nos encontramos, será
fundamental superar o atraso tecnológico em que a economia fluminense está
imersa. Para superar essa atraso, a receita é simples e direta: investir em
desenvolvimento científico.
* Geógrafo; Professor associado ao Laboratório de
Estudos do Espaço Antrópico (LEEA) da Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro (UENF); Pesquisador/colaborador externo do Centro de Ecologia, Evolução
e Alterações Ambientais da Universidade de Lisboa.
terça-feira, 19 de março de 2019
segunda-feira, 18 de março de 2019
terça-feira, 11 de dezembro de 2018
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
Memória e resistência
Memória e resistência
Por Paulo Sérgio Ribeiro
Há quase oito meses, jaz um silêncio ensurdecedor sobre o assassinato de Marielle Franco (PSOL), vereadora pela capital fluminense, e de seu motorista, Anderson
Gomes. Se muito, os militares que conduzem a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro lançam
mão de declarações protocolares sobre o andamento da investigação criminal que,
ao fim e ao cabo, evidenciam condições favoráveis a um estado de compromisso entre mandantes e
executores daquele crime político. O
silêncio, no entanto, é uma operação sujeita a reveses. Estes se manifestam por meio de iniciativas de
tributo à vida de Marielle Franco, as quais relevam ser a memória social um magma
capaz de provocar pequenas fissuras no solo aparentemente rígido da
história oficial.
Lembrar Marielle Franco na UENF implica reconhecer esta instituição como um território em
disputa no momento em que a violência estatal e a estupidez indômita dos bolsonaristas tornam vulneráveis os espaços nos quais o pensamento seja elaborado
como crítica do poder pelas próprias possibilidades facultadas por sua livre
expressão do ponto de vista científico. Para exemplificar essa vulnerabilidade na UENF, bastaria lembrar que
também paira uma névoa de mistério em torno da invasão da sala do professor Marcos Pedlowski por um grupo que se identificou a serviço da Justiça Eleitoral,
ação cuja autoria fora negada pelo TRE-RJ.
Evocar o nome de Marielle Franco é assegurar um
lugar de pertencimento a memórias coletivas subterrâneas a partir da empatia
que sua trajetória pública suscita para
com os grupos dominados. Mais do que isso, mostra-nos a posição defensiva em que se encontra a sociedade civil vinculada com as agendas às quais a vereadora carioca se fazia porta-voz diante de uma sociedade majoritária com perturbadores sintomas de fascistização. Tais sintomas tiveram um registro emblemático na
destruição da placa em homenagem à Marielle Franco protagonizada por Rodrigo Amorim e Daniel
Silveira, ambos candidatos pelo PSL, partido de Jair Bolsonaro, em ato de
campanha ainda no primeiro turno das eleições fluminenses. Tal afronta,
diga-se, ocorreu sob o olhar complacente de Wilson Witzel (PSC), eleito governador no segundo turno.
Nada surpreendente.
O Governo Witzel será a
continuidade, em vestes civis, do modus operandi da intervenção
federal desde que passou a vocalizar a lógica do “inimigo interno” como
fio condutor das ações na segurança pública. "A polícia vai mirar na cabecinha e... fogo", disse Witzel sem maiores pudores nos primeiros dias após o pleito. Há objeções factuais à retórica belicista com a qual o futuro governador pretende estabelecer sua marca política em consonância com o senso comum sobre a violência urbana.
Os mercados ilegais que fomentam tamanha insegurança não se organizam à sombra do aparelho de Estado, mas dele participam na medida em que os bens e serviços que transacionam são mais ou menos passíveis de incriminação conforme as hierarquias sociais que edificam sua estrutura de poder. Dito de outro modo, é irrelevante autorizar a "caça" aos pobres recrutados nas periferias para desempenhar funções subalternizadas nos mercados ilegais, enquanto o controle repressivo estiver dissociado de serviços de inteligência cuja integração ofereça uma visão global das redes que se articulam nesses mercados e cujos principais elos localizam-se nos espaços urbanos dotados de legitimidade social.
Imprimir eventuais reformas ao código penal ditadas pelo punitivismo não desmente a ineficiência da "guerra ao crime", senão ratifica a eficácia de sua seletividade. Essa é a constatação que sociólogos da violência e da criminalidade reiteram com sólida base empírica em suas pesquisas. Menos evidente é indagar por que algumas pessoas são mais "matáveis" do que outras e como essa clivagem acabou sendo um ponto de inflexão na eleição do terceiro estado mais populoso da federação.
A representação política exercida por Marielle Franco foi uma tentativa de produzir uma resposta crítica e propositiva à questão social na cidade do Rio de Janeiro, que, via de regra, é reduzida ao acordo tácito que separa "gente" de "não gente" através de um cordão sanitário entre morro e asfalto sustentado por velhos preconceitos em torno das "classes perigosas". Para tal empreitada, combinava em seu mandato elementos do ativismo identitário com a visão programática de um Estado social que superasse o Estado de exceção vivenciado de maneira nua e crua pelos subempregados e inempregáveis que o nosso capitalismo periférico produziu numa urbanização caótica ao longo do século XX.
Ante a consolidação de um Estado policial que reflete o eterno retorno das soluções autoritárias, redefinir fronteiras sociais (o atual "sair da bolha") é um trabalho de reconstrução política e este implica novos enquadramentos da memória social, de modo que a distância entre o dito e o não-dito seja encurtada nos embates do presente e do futuro para a afirmação de uma civilização comum. Assim sendo, conferir posteridade ao nome de Marielle Franco é uma forma de resistência que permite à UENF entrecruzar referências do campo popular da política fluminense com a defesa de sua autonomia na guarda de um patrimônio universal: o conhecimento científico.
Marielle e Anderson vivem.
Os mercados ilegais que fomentam tamanha insegurança não se organizam à sombra do aparelho de Estado, mas dele participam na medida em que os bens e serviços que transacionam são mais ou menos passíveis de incriminação conforme as hierarquias sociais que edificam sua estrutura de poder. Dito de outro modo, é irrelevante autorizar a "caça" aos pobres recrutados nas periferias para desempenhar funções subalternizadas nos mercados ilegais, enquanto o controle repressivo estiver dissociado de serviços de inteligência cuja integração ofereça uma visão global das redes que se articulam nesses mercados e cujos principais elos localizam-se nos espaços urbanos dotados de legitimidade social.
Imprimir eventuais reformas ao código penal ditadas pelo punitivismo não desmente a ineficiência da "guerra ao crime", senão ratifica a eficácia de sua seletividade. Essa é a constatação que sociólogos da violência e da criminalidade reiteram com sólida base empírica em suas pesquisas. Menos evidente é indagar por que algumas pessoas são mais "matáveis" do que outras e como essa clivagem acabou sendo um ponto de inflexão na eleição do terceiro estado mais populoso da federação.
A representação política exercida por Marielle Franco foi uma tentativa de produzir uma resposta crítica e propositiva à questão social na cidade do Rio de Janeiro, que, via de regra, é reduzida ao acordo tácito que separa "gente" de "não gente" através de um cordão sanitário entre morro e asfalto sustentado por velhos preconceitos em torno das "classes perigosas". Para tal empreitada, combinava em seu mandato elementos do ativismo identitário com a visão programática de um Estado social que superasse o Estado de exceção vivenciado de maneira nua e crua pelos subempregados e inempregáveis que o nosso capitalismo periférico produziu numa urbanização caótica ao longo do século XX.
Ante a consolidação de um Estado policial que reflete o eterno retorno das soluções autoritárias, redefinir fronteiras sociais (o atual "sair da bolha") é um trabalho de reconstrução política e este implica novos enquadramentos da memória social, de modo que a distância entre o dito e o não-dito seja encurtada nos embates do presente e do futuro para a afirmação de uma civilização comum. Assim sendo, conferir posteridade ao nome de Marielle Franco é uma forma de resistência que permite à UENF entrecruzar referências do campo popular da política fluminense com a defesa de sua autonomia na guarda de um patrimônio universal: o conhecimento científico.
Marielle e Anderson vivem.
segunda-feira, 5 de novembro de 2018
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
Simpósio - Controle social de rendas petrolíferas
Simpósio discute controle social de rendas petrolíferas
Estão abertas até 17/09/18, ou até o preenchimento das vagas, as inscrições gratuitas para o Simpósio Controle Social, Rendas Petrolíferas e Impactos Socioambientais, que ocorrerá dias 21 e 22/09/18, no Centro de Convenções Oscar Niemeyer, da UENF. O evento integra o projeto de educação ambiental “Territórios do Petróleo: Royalties e Vigília Cidadã na Bacia de Campos”, uma condicionante de licenciamento ambiental federal conduzido pelo Ibama e desenvolvido pela UENF em parceria com a Petrobras.
As inscrições são gratuitas, com vagas limitadas. Haverá emissão de certificado de participação. Informações e inscrições: www.territoriosdopetroleo.eco.br
Fonte: UENF.
Acesso: http://www.uenf.br/dic/ascom/2018/09/12/informativo-da-uenf-12-09-18/
quinta-feira, 16 de agosto de 2018
quinta-feira, 12 de abril de 2018
UENF 25 Anos: Conferência de Emir Sader
Professor da Uerj aborda dia 16 “A crise hegemônica no Brasil contemporâneo”
Como parte das programações pelos 25 anos da UENF, o professor Emir Sader, da Uerj, ministra em em 16/04/18, no Centro de Convenções da UENF, a Conferência “A crise hegemônica no Brasil contemporâneo”. Antes da Conferência, o reitor da UENF, Luís Passoni, será agraciado com a Outorga da Medalha Tiradentes, pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Os eventos terão início às 18h, com entrada aberta a toda a comunidade.
Graduado em Filosofia, mestre em Filosofia Política e doutor em Ciência Política pela USP, Emir Sader atuou como professor da mesma universidade nas áreas de Filosofia e Ciência Política. Foi pesquisador do Centro de Estudos Socioeconômicos da Universidade do Chile e professor de Política da Unicamp. Atualmente, atua como diretor do Laboratório de Políticas Públicas (LPP) da Uerj, onde é professor de Sociologia. Atua também como secretário executivo do Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales.
Emir Sader possui experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Estado e Governo. Colabora com publicações nacionais e estrangeiras, sendo membro do conselho editorial do periódico inglês New Left Review e um dos organizadores do Fórum Social Mundial. De 1997 a 1999, foi presidente da Associação Latinoamericana de Sociologia (ALAS).
Dentre mais de 30 livros escritos, Emir Sader é autor de “10 Anos de Governos Pós-neoliberais no Brasil – Lula e Dilma”, “Século XX, uma biografia não autorizada“, “A transição no Brasil: da ditadura à democracia?”, “Da independência à redemocratização“, “O mundo depois da queda” e “Vozes do Século“.
Fonte: ASCOM/UENF.
Acesso: http://www.uenf.br/dic/ascom/2018/04/05/informativo-da-uenf-06-04-18/
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
domingo, 30 de outubro de 2016
Nossa UENF agoniza
Nossa UENF agoniza *
George
Gomes Coutinho **
Dentre as viagens que já fiz por
conta do ofício, não era evento raro encontrar pessoas que se referiam à
instituição universitária pública local com ares de deferência. A despeito da
posição ocupada no mercado de trabalho, muitos, de taxistas a gerentes de
restaurante, evocavam determinada Universidade utilizando o pronome possessivo
na primeira pessoa do plural: “nossa”. O termo empregado remetia a sentimentos
de orgulho, respeito e admiração.
Justamente neste ano em que a
UENF completou seus 23 anos de existência a instituição, talvez como nunca
antes, esteja precisando encontrar forças na sua comunidade local para um
enfrentamento que envolve sua sobrevivência. Campos precisa abraçar a UENF e
chamá-la de “nossa UENF”. Digo isso não somente por seus números
impressionantes em pouco mais de duas décadas de história. Segundo dados apresentados
na “Carta para a população” elaborada pela Associação de Docentes da UENF, a
ADUENF, a UENF formou quase 2000 mestres e 700 doutores nesta instituição que,
de forma ousada, foi pensada por Darcy Ribeiro como celeiro da pós-graduação no
Norte Fluminense. Ainda, muitos de seus egressos na graduação, quando não
prosseguiram sua formação na própria Universidade, circularam entre os melhores
centros de pesquisa no Brasil e no exterior. O envolvimento da UENF no processo
de produção de conhecimento igualmente merece ser mencionado, pois para além de
teses, dissertações e monografias, como se estas já não fossem parâmetro
indiscutível, docentes e discentes participam rotineiramente de eventos e
publicações científicas nacionais e internacionais.
Mesmo com tudo isso a profecia
funesta do reitor Luis Passoni de que a UENF corre risco de fechar suas portas
em 2017 se apresenta como factível por um conjunto de fatores. Irei assinalar
um deles: todos pagamos pelas opções do Governo do Estado que infantiliza o
topo da pirâmide. Os incentivos fiscais para o empresariado recusaram os
princípios da ética da responsabilidade. Por outro lado, instituições de
inegável importância nacional como a UENF agonizam. Pensando na sociedade civil
local, torço para que cada campista chame a Universidade de “nossa” e faça dela
sua trincheira nos tempos obscuros que se avizinham.
* Texto publicado no Jornal Folha da Manhã em 29 de outubro de 2016
** Professor
de Sociologia no Departamento de Ciências Sociais da UFF/Campos dos Goytacazes
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