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sábado, 18 de junho de 2022

SIR PAUL, 80 VERÕES - Eduardo Bueno

 



SIR PAUL, 80 VERÕES**


Eduardo Bueno***


Junto com o notório John, Paul foi um dos maiores apóstolos de uma nova religião. Afinal, religião, você bem, sabe, quer dizer “religar” – e Paul, John, Mick, Keith, Bob e outros tantos (mas nem tanto e nem tantos assim) religaram o Ocidente com os tambores ancestrais da África, com a música tribal libertária, com o grito primal, com os acordes que nos despertaram de um torpor secular. Desses rebeldes todos, o mais comedido, o mais temperado, o menos turbulento e o mais bem penteado sempre foi... Paul. E isso não é de agora: é desde yesterday , desde as coisas we said today, porque tomorrow never knows.

Paul foi um dos quatro cavaleiros do após-calipso, que deixou o mundo mais livre e mais leve. E mais atônito. Ele zarpou de Liverpool nas ondas sonoras, com seu trio de amigos piratas pirados, para tomar de assalto os mares do mundo – e houve quem tenha dito que ao conquistarem o globo, eles viraram “mais populares que Jesus”. No planeta todo, não sei. Já aqui em casa, sabe como é...

Paul sempre foi gênio e quase nunca genioso. Paul sempre foi doce sem ser açucarado. Paul sempre foi cordato sem ser careta, comportado sem bom-mocismo, afinado mas não enfadonho. Sempre lindo ao lado de Linda. E depois das oito horas do documentário “Get Back” parece ter comprovado ter sido não só o coração solitário dos Beatles mas também sua alma de borracha – e a metade do cérebro, quando menos. Tocando baixo, Paul nunca deixou de estar por cima. E sempre foi de esquerda – ou seja: canhoto!

Tão logo a banda mais conhecida do universo acabou – e ele mentiu que a ideia de dar fim a ela tivesse sido sua -, Paul criou asas e voou junto com os Wings, botando sua banda on the run, vivendo e deixando morrer, incluindo Marte e Vênus entre os planetas que conquistou. Paul deixou estar e deixou sangrar. Por isso tudo, like too many people, maybe we are amazed too! Amazed com o fato de James Paul MacCartney estar soprando 80 velinhas amanhã, dia 18.

Feliz 80 anos, Sir Paul MacCartney! Nós te louvamos bem antes – e bem depois – de você ter feito 64. Ainda precisamos de você – e você ainda nos alimenta! Vida eterna, caro Paul! És um barato - e um besouro também!

* Disponível em: https://www.toonsmag.com/paul-mccartney-2/. Acesso em 18 de jun. 2022.


** Texto originalmente publicado no perfil do autor no Instagram. Disponível em: https://www.instagram.com/p/Ce6nBKCuAZI/?utm_source=ig_web_copy_link, acesso em 18 de jun. de 2022. Reproduzimos aqui com a devida autorização da Equipe Buenas Ideias.

*** Eduardo Bueno, o Peninha, é jornalista, tradutor, historiador e já esteve até mesmo com Bob Dylan pessoalmente. Esta última informação é o suficiente para esta mini-biografia.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Religião, política e a dimensão espiritual da crise brasileira

 

Fonte: Neipes.

Religião, política e a dimensão espiritual da crise brasileira*

* Publicado originalmente em Folha 1.

Roberto Torres 

Muitos gostariam de abolir a presença das religiões na esfera pública e na política. São os que defendem que o Brasil busque construir um Estado laico inspirado na França. Esta tentativa foi feita com a constituição de 1891 e não teve êxito. Outros se dispõem a aceitar a religião pública desde que ela se oriente pelas ideologias políticas laicas como o liberalismo ou o socialismo, fornecendo apenas a efervescência coletiva que estas ideologias já não conseguem produzir por contra própria. As duas posições rechaçam a presença da fé e da busca da transcendência como algo que tenha contribuição própria para a construção do Estado e na nação. O sentido propriamente religioso do mundo, que podemos resumir com as noções de fé e transcendência, não teria nada a acrescentar ao sentido político da reconstrução nacional.

Discordo destas duas posições. Da primeira em razão de seu provincianismo caricato. Basta dizer que a França é exceção e não regra entre os modelos ocidentais de separação entre religião e Estado. A grande nação ocidental do século XX, os Estados Unidos, nunca confundiu separação entre Igreja e Estado com confinamento da religião na esfera privada. E nisso, como em outros aspectos, o Brasil (graças a Deus!) é muito mais parecido com os Estados Unidos do que com a França. Da segunda posição eu discordo pela falta de acuidade sociológica sobre o processo de construção nacional: todo projeto nacional de longo prazo precisa de um sentido de transcendência capaz de conferir no presente valor ao futuro desconhecido. O futuro precisa ser percebido como um horizonte de realização daquilo que não podemos ver inteiramente no presente, mas cujas primeiras manifestações já se mostrem como futuro adjacente, como sinal no presente de que a fé constrói o futuro. E em muitos casos, especialmente naqueles de colapso das ideologias políticas laicas, este sentido de transcendência do presente e de seus desesperos vem diretamente das religiões.

A contribuição própria que a religião pode trazer para a política é sua capacidade de construir no presente a fé no futuro. A disponibilidade desta fé é um recurso de valor insubstituível para a política. Não se trata de acreditar em um futuro inteiramente distante e inteiramente desconhecido, mas sim de criar um futuro adjacente e em alguma medida visível já no presente. O desafio de amplos segmentos das classes populares, que buscam manter a fé no futuro (“não deixar a peteca cair”) organizando em torno da religião estratégias concretas de reconstrução da vida familiar, econômica e comunitária, é semelhante ao desafio nacional: não se trata apenas de planejar o futuro da nação, mas de reconstruir e alimentar a própria crença de que a nação tem algum futuro. É preconceito iluminista não esclarecido supor que podemos dispensar a fé religiosa nesta grande batalha espiritual que o país precisa travar: não uma batalha contra algum inimigo inventado (“comunistas”, “chineses”, STF etc.) como faz Bolsonaro em sua “guerra cultural”, mas sim contra a desesperança, a dimensão propriamente espiritual da crise brasileira. Ideologias políticas e projetos nacionais dependem da crença compartilhada no futuro. A religião popular têm conseguido construir esta crença em diferentes esferas sociais, especialmente na vida familiar. Pode também contribuir para que isto seja feito na política. Não se trata de ignorar os riscos envolvidos na relação entre religião e política, mas sim de explorar as possibilidades desta relação. Pelos menos quatro possibilidades se colocam de início: o boicote recíproco entre religião e política, a colonização de uma pela outra, o fortalecimento recíproco e a indiferença. Nas últimas décadas, a colonização da religião pela política tem predominado no Brasil. No caso específico dos evangélicos, desde sua entrada efetiva na política pós Constituição de 1988, os presidentes buscaram se aproximar dos religiosos pela via da cooptação política a partir de acordos com figurões que dizem representar este segmento do público. Com Bolsonaro é um pouco diferente: ao mesmo tempo em que radicaliza a manipulação da religião pela política feita por seus antecessores, encena com a “guerra cultural” o controle religioso da política e da república como um todo. Politicamente, essa estratégia tem a vantagem de criar uma sensação de inclusão autêntica dos religiosos na política nacional, produzindo um contraste com quem pedia o voto mas não gostava de dividir o poder com os religiosos. Por isso, Bolsonaro desempenha com certo sucesso o papel de primeiro presidente evangélico do país (Arenari, 2020). Mas este sucesso só pode durar se Bolsonaro conseguir destruir o sentido de esperança e fé no futuro cultivado pelos evangélicos e cristãos em geral: um governo definido pela destruição precisa destruir também o sentido de futuro, pois a esperança no futuro é sempre construtiva. Ou então criar um sentido destrutivo de futuro, como vemos em seus apelos apocalípticos destinados ao rápido descrédito. Precisa destruir a religião para continuar usando a religião e fingindo que ela têm importância em sua obra de destruição nacional.

A obra de reconstrução nacional de que precisamos não requer substituir esta colonização destrutiva da religião pela política nem pela indiferença entre ambas, como querem os adeptos da laicidade francesa, nem por uma politização com outra cor ideológica, que trata a religião apenas como fonte de legitimação e energia para ideologias políticas seculares. Para enfrentar a dimensão espiritual da crise brasileira, precisamos construir uma relação de fortalecimento recíproco entre política e religião, combinando separação de esferas com influência construtiva entre elas. Não se trata de colocar a política no lugar da religião, nem a religião no lugar da política, mas sim de construir uma nova “religião civil” brasileira: uma nova cultura política inspirada não só em valores religiosos como superação e solidariedade, mas antes de tudo na fé no transcendente como traço próprio do sentido religioso do mundo que ultrapassa fronteiras ideológicas e sociais.

Na prática, isso significa adotar um caminho bem distinto daquele seguido por Bolsonaro e seus antecessores. Em vez de mobilizar politicamente a religião em torno de “guerras culturais” contra inimigos inventados, criando uma cultura política de destruição e fragmentação nacional (Bolsonaro), ou cooptar os conhecidos figurões com poder e audiência (antecessores), buscar aproximação com as obras sociais das igrejas que reconstroem famílias e vidas em nossas periferias urbanas. Em vez de buscar conchavos com esses figurões que dizem decidir pelo povo, se aproximar de lideranças novas, de sacerdotes que buscam o poder não como um fim em si mesmo, mas como meio indispensável para mudar e melhorar a realidade. Em vez de andar com quem promete trazer apenas o voto dos fiéis, unir forças com aquelas organizações e lideranças interessadas em amplificar, através da cooperação com o Estado, o trabalho social que já realizam. Missões que buscam reconstruir famílias e vidas ameaçadas pela pobreza e pela violência, como vemos no caso da missão Cristolândia de orientação batista, também reconstroem e alimentam diariamente o sentido de fé no futuro, em uma vida melhor para quem, como todos no inferno de Dante, é invocado pela realidade a perder todas as esperanças. Esta dimensão espiritual da crise brasileira – o desespero, a falta de fé no futuro – não será superada sem que a política consiga estabelecer relação construtiva com o único sistema social que tem conseguido fazer a grande maioria do povo acreditar no futuro e na vida: a religião. Mas para isso, a política não deve buscar a cooptação dos religiosos e a manipulação da fé, mas sim a cooperação em torno do trabalho social com religiosos que desejam influenciar as políticas públicas, mas não fundir organização religiosa com o poder político. É este tipo de relação que permite existir religião pública e ao mesmo tempo separação entre religião e política. Não basta exigir a separação entre religião e política. É preciso entender que esta separação só ocorre dentro de relações específicas entre estas duas esferas da sociedade e da vida.

Referências

ARENARI, Brand. “Bolsonaro, o primeiro presidente “evangélico” do Brasil”. In: TEXEIRA, Carlos Sávio & MONTEIRO, Geraldo Tadeu (orgs.) Bolsonarismo: teoria e prática.1 ed.Rio de Janeiro: Gramma editora, 2020, v.1, p. 281-308. 

sexta-feira, 30 de abril de 2021

Divulgação - "Comunicação, democracia e religião no Brasil".



NO DIA DO TRABALHADOR: DIÁLOGOS SOBRE “COMUNICAÇÃO, DEMOCRACIA E RELIGIÃO 

No próximo sábado, 1° de maio,  Dia do Trabalhador, haverá um debate articulado pela Agência Tambor e pelo programa Papo de Crente, com o tema: Comunicação, Democracia e Religião no Brasil 


Quem participa?
 
- Dom Valdeci - Bispo da Igreja Católica. Atua na diocese de Brejo, no Maranhão. É o atual presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Social Transformadora da CNBB.

- Claudia Santiago - Jornalista, históriadora, editora e educadora. Dirige o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) do Rio de Janeiro, referência na comunicação sindical e popular no Brasil.

- Fábio Py - Teólogo protestante-evagélico e professor do Programa de Pós Graduação em Política Sociais da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). É autor do livro Pandemia Cristofascista.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Não vejo saída pela Porta dos Fundos


Não vejo saída pela Porta dos Fundos

 

Esther de Souza Alferino*

 

Sempre que participo de alguma discussão, uma pergunta aparece: como você acha que nós, pessoas de esquerda, podemos nos aproximar dos evangélicos?


Mas antes de chegar a isso, eu preciso dizer que não sou uma pessoa dada a programas de humor, de modo que preciso começar esse emaranhado de ideias, que espero que faça algum sentido, dizendo que não dou risada com basicamente nada do que o Porta dos Fundos faz, assim como não dou risada do Zorra, dos humoristas youtubers ou dos filmes do Adam Sandler. Meu senso de humor está mais para “Chaves” e “Um maluco no pedaço”. Duvidoso? Provavelmente, mas não estou exatamente preocupada em apurar ou refinar meu gosto pessoal pelas comédias. Por minha iniciativa, jamais assistirei a qualquer especial de natal de humor, seja com ou sem pretensões críticas.


Eu até entendo que na carência de referências em que vivemos, esse movimento em busca de possíveis representantes se acirre, mas também acredito que devemos, enquanto pessoas que se pretendem de esquerda e progressistas, sermos menos emocionados na ânsia de encontrar nossa voz ecoando nos espaços. O “Porta dos Fundos” não é a esquerda (e aqui sem levar em conta as mil complexidades existentes dentro desse termo-balaio), mas muitas das esquerdas (contidas no termo-balaio) se apressam em etiquetá-lo como vozes dissonantes e efusivas em meio a tanto obscurantismo. Eu gostaria de dizer a todos nós: vamos com calma.


Ali naquele elenco existe uma grande diversidade de pessoas e pensamentos e fazer algumas esquetes que ironizam o que existe de mais evidente sobre questões sociais não torna o humorístico necessariamente um porta-voz dos movimentos sociais; inclusive, daquele povo todo ali, quem teve alguma formação de base em movimentos sociais? Quem tem alguma formação política desenvolvida fora do twitter? Ali tem global, tem liberal, tem o pé esquerdo do sapatênis com sobrenome que é nome de rua, tem gente da Record. De onde tiramos que essa gente representa a esquerda?


Dito tudo isso, vou reafirmar o quanto acho sem graça uma reunião de obviedades ditas como grandes descobertas, grandes sacadas, e, claro, polêmicas.


Porque sem polêmica não há audiência que se sustente e até quem se pretende desconstruído não sobrevive sem uma. Ou várias.


Fazer piada da religião alheia é uma polêmica antiga, manjada, uma obviedade, como muita coisa que aquela galera faz, mas ainda assim rende. Com ou sem qualidade crítica – e aqui não farei nenhum julgamento de valor de tal qualidade, simplesmente porque seria incapaz de fazer. Bate recorde de audiência, pode ter boicote puxado pela igreja, não adianta, nem que seja para falar mal, todo mundo quer ver.


Eu não posso e não vou dizer a ninguém do que elas devem rir, do que elas devem fazer piada, qual deve ser o tema dos programas a que elas assistem ou produzem. Mas quando me fazem aquela pergunta de sempre, por tudo que vejo no campo desde que me dedico a estudar os pentecostais, eu só posso dizer que ridicularizar alguém é uma péssima abordagem.


Recentemente, Igor Santos[1] escreveu sobre como a “lacração” com a imagem de Jesus afasta os trabalhadores e dividiu opiniões. Guardo diversas divergências com o texto de Santos, mas também tendo a concordar com muitas questões levantadas por ele. Perdemos eleições por muitos motivos, mas também porque estamos perdendo (e perdendo feio) na disputa de narrativa e na disputa pelas consciências dos trabalhadores brasileiros. Descolamo-nos da realidade das pessoas, alienamo-nos em nossas bolhas pseudo-eruditas em que damos risada de humor medíocre enquanto chamamos pessoas de alienadas. Dizemos que pessoas sofreram lavagem cerebral e são massa de manobra, desconsiderando que os sujeitos são agentes da própria história, são sujeitos com anseios, ambições, e que há quem lhes ofereça o repertório discursivo que negamos quando os infantilizamos e os menosprezamos no que há de mais humano neles: seus desejos.


O crente, aquele crente pobre, que entrou no mercado de consumo na Era Lula, que hoje amarga a volta à pobreza, aquele que dá o dízimo do quase nada que tem, e que por isso é chamado de manipulado por quem paga caro em pedras dizendo que são cristais energéticos; porque, sim, no fantástico mundo da lacração, as pessoas gostam da espiritualidade, não podem ver um “Prem Baba” abusador, que gastam muito dinheiro para ver tudo que ele faz; aquele crente não vai ouvir nenhuma voz arrogante e cheia de tutela, descolada da realidade prática.


Condeno todo e qualquer tipo de censura ou tentativa de silenciamento do grupo de humor aqui mencionado. Não se trata de querer calar a voz deles. Para mim, trata-se de voltar a ser capaz de dialogar com quem tem mais com o que se importar do que gênero neutro na gramática.

 

* Cientista Social, Mestra em Sociologia Política.



[1] Diário do Centro do Mundo. Lacrar com imagem de Jesus cansou e só tem um efeito: colocar trabalhadores contra a esquerda. Por Igor Santos. Edição de 26 de dezembro de 2020. Acessível (aqui).

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Bate-Papo "Religião, Política e Conjuntura Brasileira"

Oi pessoas!


Em junho de 2020 organizamos um papo de alta voltagem intitulado "Religião, Política e Conjuntura Brasileira".

Convidamos para essa conversa complexa ninguém menos que Valdemar Figueiredo, fundador do Instituto Mosaico, e Fábio Py, teólogo, professor do PPGPS/UENF e colaborador daqui do blog.

Também na ocasião fizemos o lançamento do livro "A fraquejada de um país terrivelmente evangélico" do nosso querido Valdemar.

Dentre os eventos virtuais organizados pelo blog em 2020, este foi o que inaugurou os trabalhos :) Como se não bastasse o peso dos nomes dos convidados também há o fato de ser um début, o que torna o papo ainda mais especial.

Em suma, quem quiser conferir o resultado, está no YouTube no canal do blog: 





sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Divulgação - Dossiê "Religião e política no mundo contemporâneo"


Dossiê “Religião e política no mundo contemporâneo”.

Foi publicado a edição de janeiro-dezembro de 2021, da Revista Brasileira de História das Religiões, com o Dossiê "Religião e política no mundo contemporâneo", que tive o prazer de organizar com Emerson Sena da Silveira e Marcos Vinicius Reis Freitas.  O número está repleto de artigos com instigantes pesquisas que vão desde a discussão da laicidade à brasileira até os blocos de poder religiosos que ocupam a hegemonia do governo Bolsonaro.

Convido todos e todas para navegarem nos artigos.

Desejo um feliz 2021, com vacina para todos.

Disponível (aqui).